No mês passado a quantidade de água voltou a descer nas bacias do Barlavento algarvio, com 11,4%, e do Lima, com 17,4. Desta forma, mantêm-se como as que têm o menor volume armazenado, o que sucede desde o final do ano passado.
No último dia do mês de julho e comparativamente ao último dia do mês anterior, verificou-se uma descida no volume armazenado em todas as bacias hidrográficas monitorizadas, indicam os dados do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).
Apenas cinco das 60 albufeiras monitorizadas, apresentavam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 26 disponibilidades inferiores a 40% do volume total.
Só a bacia do Ave superava, no fim de julho, a média de armazenamento no período de referência (1990/91 a 2020/21). No dia 31 estavam também com menor disponibilidade de água as bacias do Cávado (36,4%), Mira (37,2%) e Sado (41,1%). Já as bacias do Mondego (77,8%), Guadiana (66,3%) e Ave (59,2%) eram as que tinham os níveis mais elevados. A Bacia do Tejo estava a 51,9% da sua capacidade.
A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.
No fim de junho, mais de um quarto do território do continente estava em seca extrema (28,4%) e o restante território estava em seca severa (67,9%) e seca moderada (3,7%). A situação é já descrita pelos especialistas como das mais graves no último século, a registar-se em Portugal continental.