A propósito do Dia Mundial para a Preservação da Camada de Ozono, assinalado hoje, a associação ambientalista Zero divulgou um comunicado onde alerta que não há tempo para “meias soluções” ambientais.
“Hoje, mais que nunca, é preciso pensar em soluções robustas para o clima e para a sustentabilidade da vida na Terra. É preciso regular e implementar, rápida e eficazmente, as melhores soluções a longo prazo, que fazem uso dos avanços da tecnologia e do conhecimento científico em tempo-real” diz Francisco Ferreira, presidente da associação.
Nesta data, em que se assinalam, também, os 35 anos do Protocolo de Montreal – desenhado para proteger a camada de ozono estratosférico através da eliminação progressiva dos químicos que a empobrecem - a Zero alerta para a necessidade da união no combate às alterações climáticas.
Esta entidade lembra que os avanços científicos do século XX desenvolveram a refrigeração e climatização, com o uso dos clorofluorcarbonos (CFC), que danificaram a camada que protege o planeta das radiações ultravioleta solares, provocando o “buraco do ozono”. Os CFC foram substituídos pelos Hidroclorofluorcarbonos (HCFC) e, mais tarde pelos Hidrofluorocarbonos (HFC), mas nenhum deles pode ser solução por serem “poluentes climáticos poderosos”, lê-se na nota.
Citando dados da NASA, a Zero alerta que, a 11 de setembro, o “buraco” no Polo Sul abrangia 22 milhões de quilómetros quadrados, mais do dobro da área da Europa.
Destacando as muitas soluções para refrigeração que existem, a Zero diz ser “urgente” assumirem-se metas ambiciosas para responder à crise climática atual, sendo necessário restringir o uso de substâncias poluentes quando existem alternativas, não permitir a comercialização de alternativas que não sejam comprovadamente não nocivas para a camada do ozono, incentivar os refrigerantes naturais, e fiscalizar o setor da captura de gases nos equipamentos em fim de vida.