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Tempos Livres. Iniciativas culturais pelo país que vale a pena espreitar

Todas as semanas o Gerador recomenda-te iniciativas culturais pelo país que vale a pena espreitares. Descobre em baixo as nossas sugestões.

Texto de Gerador

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SUL

Teatro Carlos Alberto, Porto

até 16.3

Depois de O Salto, o segundo momento do díptíco do encenador Tiago Correia - SUL - está em cena no Teatro Carlos Alberto até ao dia 16 de março. O tema da migração é a génese das duas obras, a primeira dedicada à exploração da emigração portuguesa clandestina nos anos 1970 e, agora,  SUL, uma tragédia familiar centrada no percurso da francesa lusodescendente Michelle, que viaja até Portugal em busca do seu avô biológico. Aliando a memória, o panorama da migração contemporânea e “ a volatilidade das relações humanas contemporâneas”, a narrativa desenvolve-se perante o cenário sensível das comunidades migrantes em Portugal.

Comer a Terra

fAUNA, Joane

até 15.3

Comer a Terra é um espetáculo-jantar que acontece na fAuna, entre 6 e 15 de março, com sessões de quinta a sábado. Uma peça de teatro produzida pelo Teatro da Didascália que junta espectadores e atores à mesa para um momento que propõe reflexão sobre “os sistemas que sustentam a produção alimentar, marcados por trabalho precário, deslocações forçadas e exploração invisível”.

A criação gastronómica ficou a cargo da chef Tânia Durão, e os pratos serão preparados pelos atores ao longo da peça, aliando o momento da refeição à exploração de vários temas que rodeiam o sistema alimentar como a sustentabilidade, política económica, exploração dos trabalhadores, primazia do lucro e justiça social.

Monstro

gnration, Braga

8.3

Gonçalo Ferreira e Isaac Oliveira são Monstro, e apresentam-se pela primeira vez em concerto no gnration, em Braga, no dia 8 de março. Através do programa Trabalho da Casa, criado pelo gnration, os músicos desenvolveram a sua primeira criação musical, um disco composto por temas intimistas inspirados na sonoridade pop dos anos 1960. O duo sobe ao palco na sua cidade natal, para um concerto inédito que dá a conhecer o seu projeto pela primeira vez.

Cara Adília 

Apaixonarte, Lisboa 

14.3 a 5.4

A exposição Cara Adília, em homenagem à escritora Adília Lopes, está patente na galeria Apaixonarte entre 14 de março e 5 de abril. A escritora, cuja obra poética se pauta pela sinceridade da palavra, permanece uma figura incontornável da literatura portuguesa, e do panorama artístico nacional. Foram reunidas as obras de 27 artistas visuais emergentes, entre eles Clara Não, Dylan Silva e Mtáfora, numa exposição que remete à influência da obra de Adília Lopes na prática criativa dos artistas contemporâneos. 

À Primeira Vista

Fórum Municipal Luísa Todi, Setúbal 

15.3

Encenada por Tiago Guedes, a peça À Primeira Vista estreia no Fórum Municipal Luísa Todi no dia 15 de março. Trata-se da adaptação portuguesa da produção de Suzie Miller, Prima Facie, consagrada e premiada internacionalmente nos últimos anos após uma primeira apresentação em 2019, em Sydney.

Nesta nova versão, a atriz Margarida Vila-Nova personifica a jovem e ambiciosa advogada Teresa, dando vida a um monólogo que explora as linhas ténues do sistema judicial e as questões de moral que aí se impõem.

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15 anos de casamento igualitário

Em 2010, em Portugal, o casamento perdeu a conotação heteronormativa. A Assembleia da República votou positivamente a proposta de lei que reconheceu as uniões LGBTQI+ como legítimas. O casamento entre pessoas do mesmo género tornou-se legal. A legitimidade trazida pela união civil contribuiu para desmistificar preconceitos e combater a homofobia. Para muitos casais, ainda é uma afirmação política necessária. A luta não está concluída, dizem, já que a discriminação ainda não desapareceu.

12 MAIO 2025

Ativismo climático sob julgamento: repressão legal desafia protestos na Europa e em Portugal

Nos últimos anos, observa-se na Europa uma tendência crescente de criminalização do ativismo climático, com autoridades a recorrerem a novas leis e processos judiciais para travar protestos ambientais​. Portugal não está imune a este fenómeno: de ações simbólicas nas ruas de Lisboa a bloqueios de infraestruturas, vários ativistas climáticos portugueses enfrentaram detenções e acusações formais – incluindo multas pesadas – por exercerem o direito à manifestação.

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