“Be wise, ride WYZE”– seja sábio e conduza uma WYZE –, é o lema da WYZE Mobility que, em 2019, chegou a Lisboa para melhorar a mobilidade urbana. “Queremos redefinir o conceito de mobilidade partilhada”, contou o seu diretor Tiago Silva Pereira, em entrevista ao Gerador.
Tiago Silva Pereira sempre foi um ávido utilizador de scooters nas suas deslocações urbanas. Criado no Porto, há cerca de dezoito anos que Lisboa é a sua casa. Pela sua aversão a parques de estacionamento, a perder tempo, e gastar dinheiro em deslocações do dia a dia, a scooter sempre foi o meio utilitário de eleição de Tiago, fosse para onde fosse na cidade – quis a vontade que esta pequena paixão se transformasse num negócio.
“De duas rodas, tudo é mais previsível, planeável e barato”, conta Tiago que sempre quis montar um negócio seu no qual visse um fim à vista, algo “escalável”, e que “permitisse ver além em termos temporais”. Começou a entrar cada vez mais no mundo da mobilidade urbana, estudou meios de negócio e a sua ligação à CEIIA (braço tecnológico da WYZE), fez nascer, em 2019, uma empresa de micromobilidade descarbonizada com soluções urbanas.
Quem já viu as scooters da WYZE, à velocidade que uma 50 permite, a percorrer as ruas lisboetas e gostava de as poder utilizar também, terá de as alugar, isto é: a WYZE não é uma empresa de scooter sharing, mas sim de mobilidade partilhada. O que é que isso significa?
Tiago explica que a mobilidade partilhada pode envolver “scooters, bicicletas, carros, triciclos” numa partilha tal e qual como a conhecemos, “onde entramos numa aplicação para utilizar o veículo do ponto A ao ponto B, para nos deslocarmos. Mas estamos a querer redefinir o sharing para um conceito mais alargado que não implique apenas essas pequenas deslocações, mas que possam utilizar um destes meios de hoje para amanhã, ou se hoje para daqui a três dias. Queremos ter serviços associados a outros parceiros, que nada têm que ver com mobilidade, mas que complementem a mobilidade”. A “espinha dorsal” do conceito é a “experiência digital em que exista uma aplicação que nos permita fazer a interação com o sistema, mas que possa, ao mesmo tempo, ser mais do que um paper use para determinadas ações limitadas temporalmente”, explica Tiago ao Gerador.
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Andar de mota no meio da cidade não é só mais rápido e descomplicado, mas também mais amigo do ambiente. A WYZE nasceu com a preocupação assente de reduzir a pegada ecológica, em “total alinhamento com os objetivos sustentáveis da ONU”. Segundo Tiago, nunca tiveram um veículo emissor de C02, quer nos veículos que alugam quer nos disponibilizam aos seus clientes: “Somos 100 % elétricos, descarbonizados. Amanhã podemos ter veículos que não são elétricos, mas que ainda assim sejam descarbonizados, isso é ponto assente no nosso nascimento e conceção, isso e sermos um promotor da implementação dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU”.
Para além do seu compromisso verde, a WYZE apresenta-se como “orgulhosamente portuguesa” na tecnologia que utiliza. Ainda que não desenvolvam tudo em Portugal, como as próprias scooters, esse é o seu objetivo, e neste momento procuram “levantar capital” para começar a desenvolver tecnologia “dentro de casa”. “Se somos portugueses, a tecnologia será, seguramente, portuguesa”, garante Tiago que quer ainda demonstrar que, em Portugal, se podem desenvolver soluções de mobilidade inovadoras – “Queremos que isso fique patente na nossa forma de estar e desenvolver negócios, mas não somos dogmáticos”.
Com o objetivo de expandir para outras cidades portuguesas – e quem sabe, além-fronteiras –, esta nova forma de olhar para a mobilidade já é utilizada por empresas como a Glovo ou para a distribuição das revistas Gerador. Quem quiser alugar ou comprar uma WYZE, pode encontrá-las nas instalações da empresa, no número 128 da Rua das Janelas Verdes ou na Graça.
O caminho ainda está a ser feito, mas Tiago garante que o futuro se pauta por serem uma referência em soluções de mobilidade urbana 100 % descarbonizadas que impactem profundamente, não só a sociedade, mas também o ambiente. Até lá, #letsdecarbonise!