Este é o vídeo dos “3 minutos às 3” em que podes descobrir um olhar sobre a reportagem de investigação do Gerador que saiu no sábado anterior.
Neste vídeo podes encontrar um resumo da reportagem “Arte Urbana: as ruas estiveram vazias, mas não foi um momento de silêncio” que se foca na forma como se tem vivido a arte urbana, numa altura em que vimos as ruas ficarem vazias, deixando as obras de arte urbana que cobrem os murais do nosso país, sozinhas.
Em Portugal, ao longo dos últimos anos, foram surgindo projetos, iniciativas e uma lista imensa de artistas que tomaram as ruas de assalto para as tornarem em verdadeiras telas de criação contínua. Das primeiras peças em graffiti, rapidamente esse paradigma mudou para um contexto pictórico e escultórico mais abrangente. Tal fenómeno parece ter dado azo a um movimento de artistas que não queriam esperar pela oportunidade de expor o seu trabalho em museus e galerias, sendo que outros nem sequer estavam interessados nessa mesma convenção.
Como já referimos no Gerador, a atual crise pandémica colocou a descoberto diversas fragilidades no setor da cultura, que colocam dúvidas sobre a sustentabilidade dos próximos meses de trabalho, ainda marcados pela incerteza. Mesmo com a reabertura gradual de museus, galerias e outros espaços de exposições, as diversas condicionantes de segurança poderão não ser atrativas para uma visita aos mesmos. Uma vez mais, a rua parece tornar-se num elemento essencial, em que a arte – sob a alçada de um sentido de missão pública – pode ser uma forma de confrontar as necessidades de fruição artística. Neste sentido, fomos ouvir as vozes dos artistas Miguel Januário (MaisMenos), Tamara Alves e Mário Belém, de Pauline Foessel (codiretora da galeria Underdogs) e de Hugo Cardoso (responsável pela Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa) para perceber de que forma é que a atual conjuntura pode ter um impacto significativo na forma como se irá projetar e repensar a intervenção artística no espaço público, igualmente em mutação.
Podes ler a reportagem completa, aqui.