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De um snack bar nasceu o novo espaço do Café Tati

Em 2018, o Café Tati viu-se obrigado a fechar as portas do seu emblemático espaço…

Texto de Patrícia Nogueira

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Em 2018, o Café Tati viu-se obrigado a fechar as portas do seu emblemático espaço no Cais do Sodré, instalando-se, em 2020, entre a Penha de França e Arroios. O novo espaço renasceu de um snack bar, fruto de um "processo de construção muito colectivo", contou o arquitecto responsável pelo projeto, António Pedro Faria, ao Gerador.

Durante sete anos, quem passava pela Rua da Ribeira Nova, perto do Cais do Sodré, podia ouvir os concertos de jazz e as jam sessions que vinham do numero 36, o Café Tati, fazendo deste espaço ponto obrigatório para os amantes de boa comida, bebida e música. Em 2018, os proprietários Romina Bertollini e Ramón Ibañes, anunciaram que, devido à especulação imobiliária, teriam de abandonar o espaço e fechar portas às noites de música. Em 2020, o Café Tati abriu de novo portas, desta vez no numero 20 da Rua Carrilho Videira, na Penha de França, ocupando o espaço de um antigo snack bar.

Ao Gerador, Romina Bertollini explicou que o desejo de continuar a ter um espaço onde pudessem conviver era imperativo - "Gostamos de um balcão no centro e queríamos puxar aquele lado dos bares de San telmo, em Buenos Aires, e dos bares no sul de Espanha".

António Pedro Faria, arquitecto responsável pelo projeto, explicou ao Gerador que procurou criar um "espaço com algum caráter, na forma como se desenha, mas sem parecer forçado, dando-lhe o ar natural", contudo nunca houve pretensão de ser semelhante ao velho Tati - "não se queria esquecer, mas queríamos um novo ponto da história".

Para isso, potenciaram o espaço em bruto e tiraram as paredes, o chão e colocaram um balcão, criando um espaço onde as pessoas podem conversar e relacionar-se com quem está do outro lado do balcão. Adicionaram ainda a estante para o vinho que cobre a parede e a vista de quem entra pela primeira vez no espaço, não esquecendo a janela que liga a sala à cozinha para que exista uma maior relação entre os clientes e Romina. O arquitecto responsável pelo projeto salientou ainda todo processo de construção, desde a procura dos materiais, como o mármore específico e a madeira certa, que agora dão vida e personalidade ao espaço, ao "trabalho de amigos e entreajuda".

O novo espaço é mais pequeno do que o anterior, mas Romina não descarta a possibilidade de, no futuro, continuar com a inclusão cultural, contudo as novas medidas impostas e situação que o país atravessa afastam, para, já esta possibilidade. "Queremos continuar ligados à cultura, mas as restrições para os espaços são complicadas, temos estado a ver alternativas, talvez fora do Tati. A ideia é sempre podermos continuar com a inclusão da parte cultural, não queremos que seja só um restaurante", acrescenta a proprietária.

Texto de Patrícia Nogueira
Fotografias de Miguel Santos

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