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Entrevista a Adriana Pedret: “Um espaço como o EXIB Música permite, em cada ano, desfrutar da diversidade de sons”

Ao longo de três dias, Setúbal irá transformar-se na capital da música ibero-americana. Tudo isto, porque nos…

Texto de Ricardo Gonçalves

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Ao longo de três dias, Setúbal irá transformar-se na capital da música ibero-americana. Tudo isto, porque nos dias 13, 14 e 15 de junho, a cidade recebe, pela primeira vez, uma edição da EXIB Música 2019 - Expo Ibero-Americana de Música, que pretende divulgar a cultura musical da América Latina — Espanha e Portugal.

21 concertos, mais de 100 músicos de 30 países distintos e vários locais da cidade dinamizados compõem a 5.ª edição deste evento que se realiza pela terceira vez em Portugal.

Em entrevista ao Gerador, Adriana Pedret, diretora executiva do EXIB Música falou da necessidade deste tipo de eventos na divulgação e promoção da diversidade musical ibero-americana. Além disso, a responsável falou das edições que já decorreram em Portugal, com especial destaque para a edição deste ano em que se homenageiam os artistas Zeca Afonso e Mercedes Sosa, ambos dignos representantes da diversidade musical dos países envolvidos.

Gerador (G.) – Como nasce o EXIB Música?
Adriana Pedret (A. D.) – EXIB Música nasce da inquietude de criar uma plataforma que traga valor à difusão e circulação da música ibero-americana. Surge da reflexão de propor espaços de encontro, partilha de experiências procurando assim criar redes de colaboração e celebração da diversidade musical. Vamos procurar motivação na inovação, no valor da identidade e na diversidade e assumimos um especial compromisso com o desenvolvimento de um modelo de gestão cultural sustentável.

G. – Esta será a terceira vez que o evento se realiza em Portugal. Qual o balanço que fazem das restantes edições?
A. D. – EXIB Música existe num formato aberto que vai ao encontro das cidades. Estamos muito interessados no diálogo que permite fazer a gestão de cada edição em constante comunicação e colaboração. A experiência que temos tido em Portugal tem sido muito enriquecedora. A música portuguesa, a identidade, o património material e imaterial em conjunto com as vossas “gentes”, a vossa qualidade de convívio são estupendas, e tudo isso vai ao encontro dos objetivos que pretendemos alcançar com o EXIB Música.

Esta será a terceira vez que a EXIB Música se realiza em Portugal

G. – O evento alavanca-se na promoção e internacionalização da música ibero-americana. Sentem hoje uma maior valorização por parte dos públicos face a estas linguagens sonoras?
A. D. – A incrível variedade de música ibero-americana (América latina, Espanha e Portugal) é indiscutivelmente muito atrativa, de forma a aprofundarmos cada vez mais e termos um maior conhecimento da sua diversidade. Um espaço como o EXIB Música permite, em cada ano, desfrutar da diversidade de sons. Mais de 120 artistas nos acompanharam nas diversas edições, alcançando quase os 150 com esta quinta edição. Cada edição é uma nova oportunidade para levar os sons da região ibero-americana a novos públicos.

G. – Como foi pensada a programação deste ano?
A. D. – Este ano enfrentámos vários desafios. Uma especial participação de Portugal através da MOSTRA Portugal, com a qual esperamos fazer crescer as oportunidades de internacionalização de uma harmoniosa seleção de projetos musicais. O Encontro sobre Gestão Musical e a Cidade é uma iniciativa que pretende estabelecer pontes de colaboração entre a gestão musical e as cidades, procurando criar festivais culturalmente sustentáveis. Será ainda atribuído pela primeira vez o Prémio EXIB para a música Ibero-americana, uma oportunidade de fazer um reconhecimento aos criadores musicais que de alguma forma tiveram impacto na música ibero-americana. E desta forma como em todas as edições, a criação de um espaço de encontro entre profissionais para que possam estabelecer contactos, criar sinergias e colaborar.

G. – Zeca Afonso e Mercedes Sosa serão os dois artistas homenageados desta edição. Como será feita esta homenagem?
A. D. – Esta homenagem estará presente em detalhes ao longo de toda a edição do EXIB Música Setúbal 2019 e em especial na Gala do Prémio EXIB para a música Ibero-americana, que se realizará no dia 15 de junho.

G.– Além disso, o festival deste ano inclui o I Encontro sobre Gestão Musical e a Cidade. Em que consiste este evento e qual o objetivo do mesmo?
A. D. – O Encontro sobre Gestão Musical e a Cidade tem como objetivo gerar linhas de colaboração para a criação de eventos culturais e festivais de inovação sustentável. Pretende gerar um diálogo e somar visões, para o desenvolvimento de diversas atividades que tragam benefícios em muitos aspetos: atrair visitantes, construir espaços de identidade, impulsionar a atividade económica, ajudar a difundir tradições e visualizar o âmbito local nas diferentes esferas.

G. – Quais os fatores que contribuíram para a escolha da cidade de Setúbal como anfitriã desta 5.ª edição?
A. D. – A aposta no diálogo intercultural, a valorização da identidade e a vontade de ser a sede da diversidade musical ibero-americana são aspetos que têm estado sempre presentes nas conversas com a cidade na preparação da V Edição do EXIB Música. Setúbal é uma cidade com uma situação geográfica privilegiada, tem uma das baías mais lindas do mundo, o seu património, identidade e gastronomia e produtos locais são fantásticos. É um dos lugares do mundo que guardamos no coração.

G. – Nos próximos anos esperam que o evento continue em Portugal? Quais os próximos passos do EXIB Música?
A. D. – Cada edição do EXIB Música é um novo desafio, estamos seguros de que a nossa relação com Portugal é muito especial e da qual levamos bons momentos que nos dá vontade de regressar.

 

Entrevista de Ricardo Ramos Gonçalves
Fotografias de EXIB Música

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