A 2.ª edição dos Prémios Insties Gerador levou à Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras, um grupo de instagramers nomeados para distinções em diferentes categorias. No dia 26 de janeiro, o Gerador juntou-se, entre outros parceiros, à Fujifilm para eleger os mais talentosos a fotografar para o Instagram. Ainda que falar nesta app seja falar em instantaneidade, fotografar com mais qualidade começa a ser uma preocupação, e tudo se torna mais fácil quando é possível enviar as fotografias para o telemóvel em poucos minutos.
No sentido de perceber esta relação entre a Fujifilm — que deu a @martanferreira o prémio Melhor Instagramer — e este universo, o Gerador foi falar com João Rodrigues Coelho, gestor de vendas da marca. Num conjunto de 6 perguntas e respostas quase tão rápidas quanto o processo de revelação de uma Instax, tentámos viajar na história do sucesso da Fuji ao longo da sua história, até à proximidade com os influencers do momento, que, em determinado momento, começaram a redefinir estratégias de marketing.
Gerador (G.) – Depois de terem lançado a Fuji Instax mini em 2012 com sucesso, começaram a escalada no mercado digital. De que forma a Fuji teve de ser repensada enquanto marca, para ter uma posição forte no digital?
Fujifilm (F.) – As Instax foram relançadas no início desta década. A Fujifilm foi a primeira marca a nível mundial a desenvolver a primeira câmara digital. Contudo, em 2011, a Fujifilm lança a nova Serie X, cujo conceito de câmaras digitais consiste num produto de excelência, baseado num sensor X-Trans APS-C, que combina todo o know-how da Fujifilm relativamente à fotografia, nomeadamente no que diz respeito ao filme fotográfico e às objetivas Fujinon.
G.– A sensibilidade das Fuji na captação de luz é uma das características que mais têm sido destacadas. Sentem que conseguiram trazer a bagagem do analógico para o digital?
F.– A Fujifilm aplicou na Serie X todo o conhecimento adquirido durante os cerca de 80 de existência. Somos um player que conhece a fotografia desde a sua captura até à sua impressão.
G.– Ultimamente têm tido uma presença forte no Instagram, destacando fotografias que tenham sido tiradas com uma câmara vossa. Sentem que esta rede social é útil para vos aproximar de utilizadores Fuji e de potenciais clientes?
F.– Sendo o Instagram uma rede social muito baseada na fotografia, fazia sentido nós como marca, com um historial e muitos pergaminhos quanto à inovação da indústria fotográfica, estarmos lá presentes. A nossa presença permite-nos estarmos mais perto dos nossos clientes/utilizadores, criando um tipo de "comunidade" à volta da fotografia.
G.– Quando surgiram novos modelos da Serie X, organizaram encontros com instagramers, como aconteceu no Alentejo e na Madeira, para os experimentar. Qual é o objetivo destes encontros e em que medida é que vos são úteis?
F.– Os objetivos são, primeiro de tudo, que os convidados experimentem os nossos produtos. Este método tem experimentação e funciona como uma ferramenta de marketing muito eficaz. Se juntarmos alguns instagramers com um bom cariz fotográfico e engagement, o resultado são eventos bastante interessantes ao nível da divulgação e notoriedade de marca.
G.– Sentem que os instagramers estão a caminhar num sentido que os aproxima dos restantes fotógrafos profissionais, ganhando espaço e posição na área?
F.– O que temos vindo a registar é que muitos instagramers querem evoluir os seus registos fotográficos. Para isso o mobile photo não é suficiente. Com um telefone, conseguimos "tirar" uma fotografia, mas dificilmente a conseguimos compor. É aqui onde alguns instagramers conseguem fazer a diferença.
G. – Em que pontos é que o conceito do Instagram e a missão da Fujifilm se encontram?
F. – Uma das missões da Fujifilm como companhia é preservar a fotografia. Para nós, a fotografia são momentos, como tal, alguém tem de cuidar da indústria para que esta continue a inovar e apresentar produtos e soluções ao mercado. Esta é a nossa missão. Sendo o Instagram uma plataforma dedicada à fotografia, é aqui o ponto de intercessão entre ambos.
Podes visitar a exposição Insties Gerador, na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro até ao dia 19 de fevereiro. Sabe mais sobre os Insties, aqui.