A exposição Lisboa Ainda apresenta a perspetiva dos fotojornalistas Tiago Miranda, Pedro Nunes, Luís Miguel Sousa e José Fernandes sobre a cidade de Lisboa durante o período da quarentena. É inaugurada no dia 23 de julho no Pavilhão Preto do Museu de Lisboa e é comissariada por Rita Palla Aragão.
“Quatro olhares distintos sobre uma Lisboa em quarentena. São quatro olhares de quem conseguiu, através da objetiva, captar a essência e a beleza de uma cidade confinada acrescentando assim uma nova dimensão àquele que seria o seu objetivo inicial: informar», explica Rita Palla Aragão no comunicado de imprensa.
A cada fotojornalista coube um movimento diferente. Tiago Miranda conduziu por Lisboa e fotografou-a pela janela do carro. Pedro Nunes fotografou a cidade na primeira manhã da primeira segunda-feira da primeira semana da quarentena. Luís Miguel Sousa voltou aos lugares que antes havia fotografado repletos de turistas para, com o mesmo enquadramento, captar o contraste. E José Fernandes desenhou a escuridão com luz.
Encontraram Lisboa com alterações profundas, que ficarão registadas na memória coletiva e nesta exposição. Encontraram Lisboa com “praças cheias de ninguém”, citando Manuel Alegre do poema Lisboa Ainda, de 20 de março de 2020. Um “poema que marcará para sempre este tempo e que empresta o título à exposição – Lisboa Ainda», assinala a comissária.
Ao lado das fotografias de Tiago Miranda, Pedro Nunes, Luís Miguel Sousa e José Fernandes, haverá também uma sala dedicada ao referido poema de Manuel Alegre e excertos de poemas de Manuela de Freitas, Maria Teresa Horta e Sophia de Mello Breyner.
A exposição Lisboa Ainda poderá ser visitada até dia 20 de setembro, de terça-feira a domingo, entre as 11h00 e as 17h00.