A 8ª edição do Family Film Project, da qual já te tínhamos falado aqui, decorre entre os dias 14 e 19 de outubro no Porto. À semelhança das edições anteriores, a programação dá espaço a que se pense o cinema português, este ano com a participação especial da artista convidada Cláudia Varejão.
Fazer um destaque do cinema (em) português no Family Film Project deste ano começa, inevitavelmente, por enumerar os momentos dedicados à cineasta portuense. No dia 14 de outubro, o primeiro do evento, “Ama-San” é apresentado às 21h30 no Cinema Trindade, integrado na Sessão de Abertura. O filme que valeu a Cláudia Varejão uma série de distinções em diversos festivais de cinema mergulha no Japão do novo milénio e nas tradições perpetuadas pelas Ama-San.
Segue-se no dia 18 de outubro um encontro introduzido por Luís Miguel Oliveira, seguido de uma conversa com a própria artista, às 18h30 no Passos Manuel. No mesmo dia às 21h30, também no Passos Manuel, passa o documentário “No escuro do cinema descalço os sapatos”, realizado por Cláudia em 2016 a partir da comemoração das quatro décadas de existência da Companhia Nacional de Bailado.
A retrospetiva termina no dia 19 de outubro com uma sessão de curtas-metragens a partir das 17h00 no Passos Manuel — “Fim-de-semana” (2007), “Um dia frio” (2009) e “Luz da manhã” (2012).
"Anteu", um filme de João Vladimiro, integra a secção Ficção do festival
A integrar a sessão competitiva do festival, que decorre no Passos Manuel, estão os filmes portugueses “Tudo o que imagino” (2017) de Leonor Noivo às 15h30 do dia 15, integrado na secção Vidas e Lugares; “Anteu” (2018) de João Vladimiro às 15h30, no dia 16, integrado na secção de Ficção; “Sobre tudo sobre nada” (2018) de Dídio Pestana às 18h30, na secção Memória e Arquivo; “Equinócio” (2018) de Ivo M. Ferreira, “Agouro” (2018) de David Doutey e Vasco Sá, “Tio Tomás, a contabilidade dos dias” (2019) de Regina Pessoa, e “Altas Cidades” (2017) de João Salaviza, às 21h30 também do dia 16, integrados na secção Ficção e Animação. No dia 18 às 15h30 o filme “O mar enrola na areia” de Catarina Mourão” é apresentado na secção Memória e Arquivo.
O ciclo Private Collection regressa também este ano com “propostas performáticas de abordagem ao arquivo, à memória, ao corpo e às imagens”, como é possível ler no site oficial do Family Film Project. Integrados neste ciclo estão “Nymphomaniac” de Aurora Pinho, “rEVOLUÇÃO” de Beatriz Albuquerque, “Diaporama v.2” de Ceário Alves, e “A morte do artista /Not my cup of tea” de Mara Alves.
Ao longo do festival estará em permanência do lobby do Cinema Trindade “um conjunto de vídeo-instalações concebidas pelo artista convidado Hugo Mesquita a partir de filmes selecionados”.
Podes consultar a programação completa do Family Film Project, aqui.