fbpx

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Flávio Almada: “Se depender da classe que está lá em cima, nós vamos morrer de fome”

Nesta Entrevista Central, Flávio Almada, porta-voz do Movimento Vida Justa, fala-nos deste movimento que nasceu há cerca de um ano, contra o aumento do custo de vida e a falta de representação política das pessoas que residem nos bairros periféricos da Grande Lisboa.

Texto de Flavia Brito

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

“Na Área Metropolitana de Lisboa, a maioria das pessoas que trabalham e produzem riqueza são pessoas que moram nos territórios estigmatizados e racializados, mas mesmo assim não têm representatividade, não têm voz, as suas reivindicações são secundarizadas, negadas ou subalternizadas”.

As palavras são de Flávio Almada, ativista e porta-voz do Movimento Vida Justa, que nasceu há cerca de um ano, por iniciativa de uma série de ativistas ligados à vida de bairros populares e periféricos na Área Metropolitana de Lisboa. Exigem acesso à habitação e à saúde, emprego com dignidade, salários justos, transportes e creches gratuitas.

“Trabalhamos, produzimos a riqueza aqui e, no entanto, não há investimento em políticas públicas direcionadas para essas comunidades onde abunda a falta de equipamentos sociais", afirma.

Flávio Almada explica que a mobilização é apenas um dos eixos do Movimento Vida Justa, e que o principal objetivo é criar “sujeitos políticos” da periferia. Só com organização política, defende, é possível ultrapassar as dificuldades atuais, que afetam principalmente os mais pobres. “Essa situação pode mudar e vai depender da ação coletiva, de participar, de não se acantoar, não se deixar enganar por propostas vazias, por conversas fiadas, por transferência de ódio para determinados grupos, quando nós sabemos que [há] uma pequena minoria que anda a ganhar grandes lucros à custa disso.”

Flávio Almada, que como rapper é conhecido como LBC, é ativista e porta-voz do movimento Vida Justa. Coordena o Moinho da Juventude, na Cova da Moura, na Amadora, uma das mais maiores e mais antigas associações daquele bairro, e que providencia educação e alimentação a crianças, lutando pela integração dos jovens. Mestre em Estudos Internacionais, também pertence à Plataforma Gueto, um movimento político antirracista. E é ainda membro do coletivo Mbongi 67, um espaço cultural, de “resistência urbana”, que é também uma livraria e se situa na Damaia.

Publicidade

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

15 Outubro 2025

Francisco, Lisboa faz-te feliz? Vê a segunda entrevista deste projeto

9 Outubro 2025

 Dar uma volta com Cristina Planas Leitão

2 Outubro 2025

Dar uma volta com Ana Baptista

18 Setembro 2025

Dar uma volta com Sara Barros Leitão

31 Julho 2025

Dar uma volta com Joana Gama

26 Junho 2025

Dar uma volta com Iúri Oliveira

29 Maio 2025

Dar uma volta com Manoel Candeias

6 Maio 2025

Dedo Invisível no Indie Lisboa com Rachel Daisy Ellis, produtora de “O Último Azul”

24 Abril 2025

Dar uma volta com Inês Achando

24 Abril 2025

Daniela Salgueiro Maia e Rui Zink: o que é feito dos valores da Revolução?

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo Literário: Do poder dos factos à beleza narrativa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Financiamento de Estruturas e Projetos Culturais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Desarrumar a escrita: oficina prática [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Criação e Manutenção de Associações Culturais

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

29 DE SETEMBRO

A Idade da incerteza: ser jovem é cada vez mais lidar com instabilidade futura

Ser jovem hoje é substancialmente diferente do que era há algumas décadas. O conceito de juventude não é estanque e está ligado à própria dinâmica social e cultural envolvente. Aspetos como a demografia, a geografia, a educação e o contexto familiar influenciam a vida atual e futura. Esta última tem vindo a ser cada vez mais condicionada pela crise da habitação e precariedade laboral, agravando as desigualdades, o que preocupa os especialistas.

02 JUNHO 2025

15 anos de casamento igualitário

Em 2010, em Portugal, o casamento perdeu a conotação heteronormativa. A Assembleia da República votou positivamente a proposta de lei que reconheceu as uniões LGBTQI+ como legítimas. O casamento entre pessoas do mesmo género tornou-se legal. A legitimidade trazida pela união civil contribuiu para desmistificar preconceitos e combater a homofobia. Para muitos casais, ainda é uma afirmação política necessária. A luta não está concluída, dizem, já que a discriminação ainda não desapareceu.

Carrinho de compras0
There are no products in the cart!
Continuar na loja
0