A Fundação Calouste Gulbenkian anunciou esta semana a aquisição de novas obras para a Coleção do Centro de Arte Moderna - CAM. Entre as novas obras há pintura, desenho, fotografia, escultura, filmes e serigrafia, e nomes como Fernão Cruz ou Grada Kilomba.
Este investimento de meio milhão de euros pretende dar continuidade à estratégia anual de aquisição de obras de arte para a coleção do CAM. Entre os vários critérios de seleção está “a relevância das obras e dos artistas”, bem como “os pontos de encontro com a coleção”. Foram adquiridas obras de António Costa Pinheiro, Jorge Pinheiro, Augusto Alves da Silva, Fernanda Fragateiro, Jorge Queiroz, mas também de artistas mais jovens como Jaime Welsh e Fernão Cruz.
Uma das premissas de aquisição desta coleção, em particular, tem sido a aposta em obras que integrem exposições na Fundação Calouste Gulbenkian, como aconteceu com Fernão Cruz, que se apresentou a solo em “Morder o Pó”, e Grada Kilomba, Patrícia Garrido, Inês Botelho e Maria Capelo, que integraram a exposição “Tudo o que eu quero. Artistas portuguesas de 1900 a 2020” — sobre a qual o Gerador refletiu.
De acordo com o comunicado de imprensa, “o reforço de obras de Jorge Queiroz teve também em consideração a exposição que será apresentada em julho de 2022 e que reúne obras do artista e de Arshile Gorky, artista americano de origem arménia, considerado o “pai” do expressionismo abstrato americano do pós-segunda guerra mundial, e representado na Coleção do CAM”. Nas apostas estrangeiras estão obras de Manon de Boer, artista holandesa, e de Renée Gagnon, canadiana a viver neste momento em Lisboa.
Neste conjunto de novas aquisições contam-se também trabalhos de Victor Pires Vieira e Gabriel Abrantes, que se juntam, desta forma, às cerca de 11 800 obras de arte moderna e contemporânea da coleção. Ainda que o CAM esteja fechado para obras de renovação, a Fundação Calouste Gulbenkian afirma que continuará a trabalhar nos demais serviços relacionados com o centro, nomeadamente a aquisição de obras.
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