"O melhor é ficares em casa": a frase de assinatura do festival Iminente tem, nestes dias, outro sentido. Por isso, nesta fase de recolhimento social, o festival pôs-se de pé, juntou-se a parceiros e artistas e montou uma programação em tempo recorde já para o próximo dia 4 de abril, a que vais poder assistir numa transmissão em directo a partir do Instagram do festival aqui. Um sábado em casa que promete deixar boas memórias e contribuir para angariar fundos para o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central e o Centro Hospitalar e Universitário de São João na luta contra o COVID-19.
O Gerador foi também desafiado pela organização a integrar a programação com uma conversa que abre o festival às 16h onde vamos trocar ideias sobre a questão com que nos temos vindo a debater nos últimos dias: como podemos fazer cultura para todos num cenário de pandemia?
Em virtude da pandemia à escala global o setor cultural entrou num momento diferente da sua atividade nomeadamente pela impossibilidade de se fazerem espetáculos ao vivo. Muitas têm sido as iniciativas culturais pensadas para o online, nas últimas semanas, mas que futuro se vê para a cultura? Acima de tudo, como podemos fazer cultura para todos hoje?
Para nos ajudar a pensar este tema desafiámos a Marta Bateira que dá vida, corpo e alma a Beatriz Gosta, personagem nascida em 2015 numa série de vídeos no canal de youtube com o mesmo nome e que, mais tarde, saltou para televisão e rádio, tendo chegado aos palcos em 2019, com o espectáculo Quem Acredita Vai.
É repórter do 5 Para Meia Noite e apresentadora do programa Unidos ao Clube (RTP). Como MC, apresenta-se sob o heterónimo M7 e durante muitos anos partilhou o palco com a artista Capicua. A moderação da conversa fica nas mãos da Carolina Franco, jornalista do Gerador.
O Iminente é um festival urbano de arte e música, com curadoria de Alexandre Farto aka Vhils e da plataforma Underdogs, criado em 2016. A cada edição, o evento reúne a criatividade multicultural que floresce na cidade de Lisboa e que se espalha pelo mundo. Já passou por Oeiras, Londres, Lisboa, Xangai e Rio de Janeiro.
A totalidade dos fundos angariados nesta edição será repartida em partes iguais entre os dois hospitais. Os donativos serão alocados pelos conselhos de administração consoante as necessidades de cada instituição e os fundos reverterão para a compra de equipamentos de protecção individual para os profissionais de saúde e de equipamento para alargamento da capacidade das Unidades de Cuidados Intensivos. Os bilhetes não têm preço fixo e as doações poderão ser feitas aqui.
Descobre aqui o programa completo do próximo dia 4 de abril.