Há 22 candidatos ao lugar de diretor artístico do Teatro Nacional São Carlos, dos quais sete são portugueses ou residentes em Portugal e 15 são internacionais. Esta é a primeira vez que o futuro responsável do cargo em questão vai ser escolhido por concurso público e não por nomeação do Governo.
Tal como já escreveu o Gerador, em meados de setembro do ano passado, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, assinou um despacho que determinou que os próximos diretores artísticos dos teatros D. Maria II, São João e São Carlos, bem como da Companhia Nacional de Bailado vão ser escolhidos por concurso público, de modo a “separar as escolhas artísticas” das “opções políticas do Governo”.
Cabe ao Teatro Nacional São Carlos estrear este modelo, tendo a fase de candidaturas do concurso internacional de 3 de fevereiro até 4 de abril.
De acordo com o Organismo de Produção Artística (OPART), que gere a sala em questão, foram registadas 22 candidaturas, o que é “demonstrativo do interesse que este concurso suscitou junto de profissionais e personalidades do meio cultural e artístico, nacional e internacional”, defendem os responsáveis, em comunicado.
Segue-se agora a fase de seleção prévia, que terá a duração de 20 dias. Depois, cinco dos tais 22 nomes passarão à etapa das entrevistas.
De notar que o júri é composto por cinco elementos designados por despacho do Ministro da Cultura sob proposta do Conselho de Administração do OPART: Conceição Amaral (presidente do conselho de administração do OPART), Rui Morais (vogal do conselho de administração do OPART); Delfim Sardo (administrador do Centro Cultural de Belém com o pelouro da programação, curador e professor universitário); Nuno Carinhas (cenógrafo, figurinista, encenador); e Rui Vieira Nery (Professor universitário e musicólogo).
O mandato do próximo diretor artístico – lugar que atualmente é ocupado por Elisabete Matos – vai arrancar a 1 de julho e estender-se até 30 de junho de 2027.
De acordo com o regulamento, as funções terão de ser exercidas em regime de exclusividade, estando associada a este cargo uma remuneração de cinco mil euros brutos, aos quais acrescem o subsídio de refeição e o reembolso de despesas de representação.