O Teatro da Trindade, em Lisboa, voltou a ser o palco do Prémio Atores de Cinema na noite de 7 de dezembro, para premiar três atores nas categorias de Melhor Atriz Principal, Melhor Atriz Secundária e ainda a categoria Novo Talento.
Depois de um ano de interrupção o Prémio Atores de Cinema da Fundação GDA (Gestão dos Direitos dos Artistas ) regressou ao teatro da Trindade para premiar aqueles que se distinguiram no cinema em Portugal e homenagear o trabalho dos nove atores e atrizes galardoados remotamente no ano passado, numa cerimónia conduzida pelo ator Pedro Inês.
Almeno Gonçalves, Luísa Cruz e Teresa Faria foram os jurados que decidiram que, este ano, o prémio de Melhor Atriz Principal (com um prémio de 3 mil euros) pertence a Maria de Medeiros, pelo seu desempenho no filme "Ordem Moral", de Mário Barroso. A atriz interpreta a personagem Maria Adelaide: a proprietária do Diário de Notícias que foi acusada de ser louca aos 48 anos. A realizadora dos premiados "Capitães de Abril", "Repare bem" e "Aos nossos filhos", recebe a segunda distinção de Melhor Atriz - a primeira no Festival de Veneza, com o filme Teresa Villaverde "Três irmãos".
Maria de Medeiros
O prémio na categoria de “Melhor Atriz Secundária” (com um prémio de 2 mil euros) vai este ano para Catarina Wallenstein, pelo seu papel na longa-metragem "Um Animal Amarelo", de Felipe Bragança. Catarina Wallenstein vê mais uma vez o seu trabalho reconhecido depois de ter recebido o Globo de Ouro de melhor atriz, em 2010, pelo filme "Singularidades de uma rapariga loura", "Um amor de perdição" e "A vida privada de Salazar".
Catarina Wallenstein
João Nunes Monteiro foi distinguido na categoria “Novo Talento” (com um prémio de mil euros) pela interpretação do jovem soldado Zacarias em "Mosquito", um filme de João Nuno Pinto. O ator, que se estreou no cinema com 16 anos, venceu, também este ano, o Prémio Sophia de Melhor Ator, atribuído pela Academia Portuguesa de Cinema, e foi nomeado na mesma categoria nos Globos de Ouro, pela sua interpretação no filme "Mosquito".
João Nunes Monteiro
Este prémio distingue-se no mundo do cinema português, não só por promover, valorizar e distinguir anualmente o trabalho dos atores e das atrizes de nacionalidade ou língua portuguesa, no formato cinema, mas por se tratar de um reconhecimento entre pares: são prémios de interpretação atribuídos a atores por atores. A Fundação GDA escolhe, todos os anos, um júri diferente composto por três atores que analisa as obras da lista de produções cinematográficas de longa-metragem portuguesas de ficção.