A artista Luisa Cunha foi a vencedora da edição de 2021 do Grande Prémio Fundação EDP Arte. Destacando-se pela originalidade, ousadia experimental, multidisciplinaridade, e pioneirismo no uso de novas linguagens, o seu trabalho está fora de classificações geracionais, sendo herdeira das experiências de desmaterialização da arte internacional dos anos 70.
O júri deliberou por unanimidade. Considerada uma influência nas gerações mais jovens, a artista trabalha o espaço e o som a partir da linguagem verbal, num permanente jogo de construção e desconstrução de significados, a artista ganhou um prémio no valor 50 mil euros.
Nascida em 1949, em Lisboa, a artista participou na “1ª Academia Internacional de Verão para Artistas Plásticos”, especializou-se no Curso Avançado de Escultura no AR.CO, Escola de Artes Visuais, Lisboa, Portugal e dedicou a sua vida, até aos dias de hoje à Galeria Miguel Nabinho, em Lisboa.
O Grande Prémio Fundação EDP Arte, criado em 2000, consagra artistas plásticos com carreira consolidada e historicamente relevante, cujo trabalho contribua para afirmar e fundamentar as tendências estéticas contemporâneas portuguesas.
Benjamin Weil, curador e crítico de arte francês e diretor do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian; Philippe Vergne, diretor do Museu de Arte Contemporânea de Serralves; Teresa Patrício Gouveia, antiga presidente da Fundação de Serralves e antiga administradora da Fundação Calouste Gulbenkian, e Tobi Maier, diretor das Galerias Municipais de Lisboa fazem parte da equipa de júris, juntamente com Vera Pinto Pereira, presidente da Fundação EDP; Miguel Coutinho, administrador e diretor geral da Fundação EDP; e José Manuel dos Santos, administrador e diretor cultural da Fundação EDP.
Texto de Patrícia Silva
Fotografia © Galeria Miguel Nabinho
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