Quando Óscar Silva apresentou Jibóia no início desta década tornou bem claro que a sua música iria beber a diferentes trópicos deste mundo, procurando uma conexão entre climas e ritmos que não obedeceriam estritamente a regras de tempo e espaço. Procurar influências na sua música é um exercício imperfeito, porque ela se abre de forma cósmica, sem barreiras, à procura de novos sons ao invés de reflectir sons que se têm presentes.
A partilha é um elemento crucial na criação da música de Jibóia. Nos seus três lançamentos anteriores procurou colaboradores que ajudassem a criar a dinâmica que queria no seu som. No passado trabalhou com Makoto Yagyu (If Lucy Fell, Riding Pânico e Paus) como produtor do primeiro EP, homónimo, (2013); Sequin e Xinobi no disco seguinte, Badlav (2014), e juntou-se a Ricardo Martins para criar Masala (2016), produzido por Jonathan Saldanha (HHY & The Macumbas, Fujako). Em OOOO assumiu o formato banda, e a Ricardo Martins (Lobster, Pop Dell’Arte, BRUXAS/COBRAS, entre outros) juntou André Pinto (aka Mestre André, Notwan e O Morto), para formarem o trio com que actualmente Jibóia se apresenta.
No dia 25 de maio vão dar um concerto, no Carmo'81, pelas 22h30, a propósito do KARMA – is a fest –, em Viseu, um lugar no roteiro de festivais do país, com uma programação eclética. No total são 14 concertos, uma oficina, um debate, uma fanzine, uma exposição de fotografia e uma residência artística.
Quanto à sua seleção musical para esta mescla disseram-nos que: "Uma mescla é um grupo de coisas soltas, sem contexto nem lei que as governe. Aqui temos desde as referências de sempre (de grupo), até a referências pessoais; desde coisas que já existiam antes de nós existirmos, até a frescos de agora. Só duas pontas não estão soltas: é tudo feito cá, e quando olhamos para tudo, faz-nos sentido dentro do nosso todo."
Estas são as 10 escolhas da música portuguesa que os Jibóia partilharam connosco: