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No Oeiras Ignição Gerador debateu-se o presente e o futuro de uma cultura moldada pela pandemia

De 20 a 22 de maio o palco online do Festival Oeiras Ignição Gerador, em…

Texto de Patrícia Nogueira

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De 20 a 22 de maio o palco online do Festival Oeiras Ignição Gerador, em parceria com o município de Oeiras juntou personalidades marcantes como David Throsby, Pilar del Río, Gonçalo M. Tavares, Beatriz Gomes Dias, Welket Bungué, Emília Ferreira, Nuno Centeno ou John Romão para debater o futuro da cultura e as novas oportunidades do setor no pós-pandemia.

2020 começou com um panorama que mudaria a forma como a cultura é apresentada, o que fez com que, na primeira edição do Oeiras Ignição Gerador, as questões fossem sobre o futuro da cultura. Em 2020, o festival juntou mais de 40 oradores de várias dimensões culturais nacionais e internacionais. Um ano depois, a cultura apresenta-se mais forte e mais valorizada. Para refletir sobre isso, o festival voltou a juntar artistas, pensadores e decisores nacionais e internacionais, num espaço de análise, pensamento e discussão, mas também de descontração e de abertura de espírito. Mais uma vez o festival adaptou-se ao online, e levou a casa de cada espectador o Palco Ignição, o Palco Gerador, o Palco Oeiras 27, o espaço Conversa Puxa Conversa onde, depois de cada conversa, o público podia continuar a debater as temáticas das conversas com outros festivaleiros. Não faltou também um espaço de restauração, a loja e a videoteca. O programa incluiu um conjunto de conversas, entrevistas e masterclasses, concertos e performances.

A equipa do festival que aconteceu em parceria com o município de Oeiras, candidato à Capital Europeia da Cultura em 2027. 

O primeiro dia do Festival Oeiras Ignição Gerador, dia 20, começou pelas 10h00 com Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, seguindo-se da apresentação do Barómetro Gerador Qmetrics, pelo Tiago Sigorelho. Ainda no Palco Ignição, Catarina Vaz Pinto e Leonel Moura responderam à questão, “Como está a cultura hoje?”. Afonso Cruz, Emília Ferreira e Nuno Centeno subiram ao palco online com o tema “Mais um ano de pandemia. Que consequência para a cultura?”, seguidos de Beatriz Gomes Dias, Inês Medeiros e José María Lassalle com a concersa, “Há espaço para uma nova política na cultura?”, e João Barradas, Martim Sousa Tavares e Surma, para debaterem, “O futuro da música para as novas gerações”. Como é normal em todos os festivais em que queremos andar de palco em palco para conseguir acompanhar todas as conversas, o cartaz do Palco Oeiras 27 recebeu Alexandre Cortez, Filipe Leal e Tito Couto para conversar sobre o estado da poesia em Portugal, Catarina Valença, Joaquim Boiça e Rui Godinho, para discutirem o futuro e o presente do património, e ainda uma conversa sobre Indústrias Criativas com Albio Nascimento, Inês Câmara e Nuno Paulino. No Palco Gerador, a equipa apresentou a Revista Gerador nº34 dedicada ao jornalismo lento, e o dia acabou com um concerto de Meta.

No dia 21, o Palco Ignição abriu com uma entrevista a Gonçalo M.Tavares sobre literatura em tempos de pandemia, seguida de uma conversa sobre “A arquitetura Comunitária”, com Ana Jara, Catarina Almeida Brito e Coletivo Warehouse. O dia seguiu-se com uma entrevista a Pilar del Río sobre “O papel das mulheres na cultura” e a John Romão com a questão “Que novos caminhos para a arte?”. O palco fechou com uma conversa com Luís Sousa Ferreira, Simonetta Luz Afonso e Vítor Belanciano com o tema “Quais são os alicerces da cultura?”. No segundo dia do festival, o Palco Oeiras 27 recebeu três performances, “Coro Biblioteca Operária”, “Escola de Música Nossa Senhora do Cabo” e o “Grupo de Teatro Intervalo”, terminando com uma conversa sobre Cultura Popular com Fernando Tavares Marques, Isabel Domingues e Pedro Figueiredo. No segundo dia, o teatro juntou-se à música de La Flama Blanca, com Eduardo Breda e João Pedro Fonseca a trazerem o teatro ao festival.

Meta, no primeiro dia do festival.

O último dia do festival iniciou com uma masterclass sobre “O novo futuro da sociedade” com Rui Neto Pereira”. “O digital vai mudar o futuro do teatro”, a questão debatida por Cláudia Lucas Chéu, Eduardo e Tiago Guedes, antecedeu mais duas masterclasses neste festival, - a masterclass sobre economia cultural com David Throsby, e ainda “A importância da cultura nos territórios de guerra”, com Shahd Wadi. O Palco Ignição fechou com uma entrevista a Welket Bungué sobre os desafios da diversidade na cultura e o Comissário da candidatura de Oeiras a Capital Europeia da Cultura em 2027, Jorge Barreto Xavier. O encerramento do festival foi ao som de Marinho no Palco Gerador.

A ausência da cultura deixou evidente a necessidade que dela temos, de uma forma nunca anteriormente exposta, e hoje há uma unanimidade transversal na sociedade sobre a sua inquestionável importância. Mais do que nunca, este é momento da cultura exigir o seu lugar em todas as mesas.

Texto por Patrícia Nogueira
Fotografias de David Cahopo

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