O mais recente single do projeto do guitarrista e compositor Pedro Galhoz conta agora com um vídeo de apresentação, de João Cavaleiro e João Paulo Pereira, que os transporta para uma visão artística, onde a identidade da banda se faz ver e ouvir. Mostrando-se um desafio " o salto para a mudança e o romper com as rotinas do passado construindo algo novo e melhor", "Desertor" já se encontra disponível em todas as plataformas digitais.
Ouvir o nome Pedro Galhoz é fazer uma viagem até às bandas LovedStone e Plastica, que conta com vários trabalhos de sucesso editados na década de 1990.“Pedro e Os Lobos” chega-nos em 2010, depois da necessidade de compor e escrever algo em português que não se adequava à banda em que estaria no momento, os Plastica.
Pensar neste projeto e na "alcateia" que se mostra pronta a receber 'toda a gente', é também perceber que o autor o edificou a pensar em cada registo e voz que o pudesse acompanhar, "eu imaginava as vozes de que gostava de ouvir e integrava-as construindo a música para 'aquela pessoa'", conta-nos Pedro.
Numa viagem pela discografia de Pedro e os Lobos, recordamos que, em 2011, o álbum de estreia “Pedro e os Lobos” foi rapidamente aclamado pela crítica, abrindo caminho para trabalhos futuros. Já em 2014 o disco “Um Mundo Quase Perfeito” contou com a participação de nomes como Aldina Duarte, João Rui “A Jigsaw”, Carlão, António Manuel Ribeiro (UHF), Tó Trips (Dead Combo), entre outros.
Em 2020, a banda apresentou o quarto álbum de estúdio “Depois da Tempestade”, um disco que aborda temas considerados "mais universais" do que os temas intimistas dos trabalhos anteriores, no entanto, a união, solidariedade e de humanização continuaram a ser os temas principais "desta alcateia".
É também sobre esta diversidade e partilha de experiências e conhecimentos que, ainda que indiretamente, estão ligados ao "Desertor".
Chegando-nos pelas voz de Nelson Correia, que se faz acompanhar por Pedro, na guitarra, e Rui Freire, na bateria, as claras referências da música norte-americana, assim como o indie folk e o folk rock, mais psicadélico, estão presentes no tema. Pedro partilhou com o Gerador uma lista de referências, além da sua mescla, onde os compositores clássicos e neoclássicos são rapidamente identificados.
É ainda nesta ótica que "pensar numa banda sonora, quase imediata, para cada vídeo, que se complementa com a música em particular" que o vídeo deste single nasce, ausente do "comercial", "queríamos algo que se distinguisse pelo olhar mais artístico e menos comercial", completa.
Pedro pensou "naqueles que estão consigo" e, dessa forma, quem os ouve, mergulha no desconhecido íntimo. "Reinventar-nos é a melhor forma de nos conhecermos e, sair de um registo mais coletivo e passar para um mais pessoal, com a banda que me tem acompanhado, foi também pensado dessa forma. Agradecer aos que estão comigo sem explicação".
Com regresso aos palcos marcado no dia 6 de agosto, no Festival Sound Scape no Teatro Municipal da Guarda, Pedro promete que não ficarão por aqui. "Teremos muita música nova" e o seguimento de um próximo single já se faz ouvir.