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O livro reaberto: a retoma de um setor marcado pelas fragilidades do passado

Ao longo dos últimos meses, o livro ganhou um novo espaço nas casas de muitos…

Texto de Ricardo Gonçalves

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Ao longo dos últimos meses, o livro ganhou um novo espaço nas casas de muitos daqueles que se viram confinados em virtude da pandemia da covid-19. A quarentena provocou o encerramento de livrarias e as editoras viram-se obrigadas a reformular muitos dos seus lançamentos, mas o livro foi também objeto útil de abstração e fruição num momento de paragem brusca da atividade cultural e artística.

Em abril, e no seguimento desta conjuntura, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) estimava uma quebra de cerca de 80% nas vendas do setor, situando o prejuízo em mais de 20 milhões de euros. Porém, este período foi também de reflexão, de olhar e diálogo internos, que viu a união de vários livreiros e editores em torno de um mercado que desde sempre tem sido pontuado pela incerteza das circunstâncias.

Num país que nem sempre dispõe dos melhores indicadores sobre os hábitos de leitura da população, tanto livreiros, editores, como leitores evidenciaram, desde o momento inicial, preocupações face a um mercado que vive da proximidade, dos espaços físicos e da agilidade daqueles que veem na edição, na venda e na leitura de livros um elemento essencial do exercício cívico da cultura.

Agora, num tempo de retoma, com a gradual reabertura de livrarias, os diversos intervenientes deste mercado procuram fazer contas à vida e preparar os próximos meses, não deixando pendente as devidas alterações necessárias para uma maior proteção no futuro face a situações semelhantes à que se vive. Num folhear de página que ultrapassa o simples regresso a uma determinada normalidade, o Gerador foi falar com livrarias, editoras e leitores para perceber afinal o que significou este tempo de intermitência, que mais do que expectáveis prejuízos pode motivar um olhar renovado sobre a importância deste setor.

Da compra de livros online à criação de uma rede de livrarias independentes

Durante a pandemia foram muitos os leitores que aproveitaram para terminar a leitura de certos livros, mas também para adquirirem novos títulos. Nuno Gonçalves, estudante de cinema, sente que o período de quarentena lhe proporcionou tempo para leituras mais relacionadas com a sua área de estudo, mas também no campo da ficção, tendo continuado a adquirir livros. “Acho que isso também se deve ao facto de várias livrarias, comerciais e independentes, terem feito um esforço para colmatar a impossibilidade de comércio físico através de vendas online e com outro tipo de promoções. Dei por mim a procurar títulos em lugares alternativos, como em pequenas editoras/alfarrabistas, como é o caso da Snob ou da Linha de Sombra” (ambas situadas em Lisboa), conta.

Efetivamente, a venda de livros online foi um dos aspetos que mais contribuiu para a sobrevivência de livrarias e editoras que, momentaneamente, se viram impedidas de continuar com a sua atividade regular. Ao Gerador, Joana Freitas, responsável de comunicação da 20|20 Editora, grupo que detém as chancelas da Booksmile, Cavalo de Ferro, Elsinore, entre outras, explica que, embora o consumidor possa ter perdido rendimentos, registaram um “aumento de vendas de 50%” nas plataformas digitais.

A tendência é notada por vários intervenientes que aqui citamos. Tal como Nuno, Francisco Correia, artista plástico, aproveitou este tempo para ler livros que já se prolongavam na estante, mas também para acrescentar títulos à sua biblioteca pessoal. “Dada a impossibilidade de circular em livrarias como antes fazia, encomendei online. À falta de momentos de diversão, a coreografia de escolher um livro e ele aparecer na caixa de correio era quase um prazer infantil”, explica.

Por seu lado, Joana Cidades, Content Manager e leitora invertebrada, sustenta que a pandemia a levou de volta às compras de livros em plataformas digitais, que no passado fora a sua principal forma de adquirir os mesmos. Reconhecendo esse possível crescimento de compras de livros online, Joana destaca, no entanto, dois aspetos: “Por um lado, trouxe movimento ao mercado livreiro, tanto porque as lojas não tiveram outra opção para vender como porque os leitores se sentiram mais ávidos de novas leituras estando em casa; por outro lado, pode ter originado compras irrefletidas ou por mera influência, o que significa que os leitores poderão nem ler o que compraram como também poderão ter passado ao lado de iniciativas em que os seus gastos em livros pudessem ter um aproveitamento mais solidário”.

Sobre este último ponto, Joana referia-se, tal como Nuno e Francisco, às chamadas livrarias independentes que, perante as dificuldades que se anteviam e o fecho obrigatório dos espaços, fundaram, a 2 de abril, a Rede de Livrarias Independentes (Reli). Composta por mais de meia centena de livrarias independentes, espalhadas de norte a sul do país, a rede surgia numa altura de maior incerteza, nomeadamente pela falta de previsão sobre a data de reabertura dos espaços.

Em comunicado assinado, em nome de todos, por José Pinho, da Livraria Ler Devagar, e Rosa Azevedo, da livraria Snob, sublinhava-se que a rede tinha um motivo principal por detrás da sua criação: “conjugar esforços para levarmos por diante os nossos projetos individuais e o grande projeto coletivo que é o de dotar o país de uma rede de livrarias especializadas e de proximidade”.

“Acreditamos que a constituição desta plataforma nos vai permitir agregar esforços, juntar todos os livreiros independentes de Portugal – maioritariamente micro e pequenas empresas –, delinear estratégias e ações comuns e enfrentar esta situação inédita, que nos apareceu num momento em que o encerramento das livrarias independentes – empurradas para fora dos seus estabelecimentos pelos efeitos da desenfreada, desnecessária e absurda especulação imobiliária – dava sinais de algum abrandamento”, acrescentam na carta aberta que foi dirigida pelos livreiros aos órgãos de soberania.

Também pelo seu modelo de maior proximidade face aos leitores, as livrarias independentes foram um dos principais motivos para que o Ministério da Cultura (MC) anunciasse, no dia 22 de abril, a criação de medidas de apoio destinadas ao setor do livro, em complemento com o pacote de medidas transversais que o Governo tinha aprovado no contexto de pandemia.

Em função destas medidas, Sónia Silva, uma das responsáveis pela livraria Distopia, realça ao Gerador a importância destes espaços, com determinadas características que ultrapassam a lógica das livrarias mais comerciais. “Vemos uma livraria independente como muito mais do que um espaço de venda de livros: são divulgadores culturais; agregadores e dinamizadores da comunidade onde se encontram; promovem a educação; são fundamentais para a diversidade da oferta cultural e combatem a uniformização de gostos e de pensamento”.

A resistência das livrarias de portas fechadas

No caso da Distopia, o encerramento necessário face às medidas de saúde e segurança impostas trouxe uma “incerteza em relação ao futuro”, mas permitiu um foco noutras áreas que têm vindo a desenvolver. “Tentámos, nesse período, reforçar a nossa comunicação online: melhorar o site e chegar a mais pessoas através das redes sociais”. 

Não muito distante dessa realidade, para a livraria e editora Snob, que antes da pandemia já tinha anunciado que iria mudar de instalações, a conjuntura inesperada comportou desafios ainda maiores. “Íamos inaugurar poucos dias depois da declaração do Estado de Emergência. Na altura houve um medo muito grande e uma incerteza de quando poderíamos começar a compensar o que tínhamos investido. Depois, pensámos em como sobreviver à porta fechada e a vender mais online e, de repente, juntamente com os leitores habituais, sentiu-se uma grande onda de amizade pela Snob e uma grande consciência de que era importante salvar o comércio de rua”, conta ao Gerador Rosa Azevedo, uma das responsáveis da livraria.

No entender de Rosa, foram as livrarias independentes que se mantiveram mais ativas online, tendo sido nesse aspecto um momento positivo para reforçar este tipo de postura. “Foi uma época positiva para as livrarias no sentido em que os editores maiores perceberam que, se calhar, estas  podem ser aliadas fortes sobretudo se se organizarem em rede, como aconteceu com a RELI”.

A livraria Snob, na sua atual localização

A pandemia no campo da edição

No caso da Snob, que também tem editado diversos títulos, a paragem brusca não os impediu de continuar com esse trabalho, tendo editado o livro O Meu Suicídio, de Henri Roorda. “A pandemia nunca impediria uma publicação de um livro nosso. Pelo contrário, ao estarmos em casa e com alguns dos nossos colaboradores e a gráfica a precisarem de trabalhar, fez sentido avançarmos antes do possível ‘entupimento’ da retoma”, destaca.

Mesmo com a continuação de possíveis edições, a verdade é que a conjuntura impedia o lançamento público das mesmas, aspecto essencial no trabalho da maioria das editoras. João Paulo Cotrim, fundador da Abysmo salienta que em consequência da pandemia viram sete ou oito títulos publicados que não tiveram hipótese de lançamento público, “o que se torna dramático na nossa muito doméstica economia do livro”. 

Não obstante, a editora decidiu investir “energias no online”, reformulando a sua página e lançando uma revista, a Torpor, em que diversos autores encontram espaço literário para falar sobre a pandemia e o efeito que a mesma teve e terá no universo artístico.“Todas as alturas são boas para a criação literária e espero que o número zero da Torpor tenha provado que a vida pode até ter travado, mas não parou”, explica.

Numa situação distinta, a 20|20 Editora, “por respeito para com as livrarias obrigadas a vender ao postigo e que perderam temporariamente os seus clientes regulares”, decidiu não lançar novidades durante esse período, cortando o plano de lançamentos anual em 30%. “Dentro das nossas possibilidades, estamos a ajudar na tesouraria dos livreiros independentes que perderam vendas e clientes durante o período — prolongamento de prazos de pagamento e descontos adicionais”, esclarece Joana Freitas.

Perspetivando consequências que se podem arrastar depois desta conjuntura, a responsável de comunicação do grupo prevê que, relativamente a 2019, o “mercado caia 30% a 35% este ano, e depois caia definitivamente 25%”, encetando “uma lenta e dolorosa recuperação à semelhança da grande queda de 2009/2011”. “Mas há editoras e livrarias fortemente capitalizadas e que sairão desta pandemia ainda mais fortes, o que significa que o livro não deixará de ser editado nem posto à venda” sublinha, reforçando a ideia que, “pelo contrário, a dinâmica do mercado vai fazer com que surjam todos os dias novas editoras”.

Com um modelo singular de edição, através de crowdfunding, deixando uma boa parte da decisão de se editar um determinado título do lado dos leitores, a E-Primatur viu-se obrigada a repensar o seu calendário. Hugo Xavier, um dos fundadores da editora, que também detém a chancela da BookBuilders e da Livro B, conta que foi necessário “suspender as publicações”, quer “na publicação de livros previstos, quer nos prazos que estavam a decorrer em projetos de crowdfunding”. 

Embora reconheça que existiu um grande espírito de comunidade e solidariedade por parte dos seus habituais leitores, que se traduziu num aumento de quatro pontos percentuais na venda online, o canal digital ainda não substitui o papel das tradicionais livrarias. Por outro lado, o responsável destaca a importância da Feira do Livro de Lisboa – reagendada para novas datas, de  27 de agosto a 13 de setembro – nas contas das várias editoras que ali marcam presença. No entanto, essa mudança necessária de datas pode comportar outras consequências.

“As livrarias vão sofrer com a passagem da Feira do Livro para cima de um período que começa a ser do livro escolar e o público vai fazer opções nesse sentido. A Feira do Livro representa muito da faturação anual das editoras. Todas estas coisas criam fluxos de anormalidade. É um mal menor, porque, para já, a feira do livro, para, de alguma forma salvar as editoras, tinha de acontecer este ano, uma vez que representa, geralmente, 20% a 25% da faturação anual”, assume.

A E-Primatur na Feira do Livro de Lisboa, em 2019

Apoios distribuídos no momento de retoma da atividade

Coincidente ao período de escrita desta reportagem, foram divulgados na passada segunda-feira, dia 8 de junho, os resultados referentes aos apoios anunciados pelo Ministério da Cultura (MC). No total, mais de 250 editoras e livrarias de todo o país vão receber o apoio financeiro, que mais recentemente foi reforçado com 36 mil euros. Os resultados das candidaturas, abertas no dia 30 de abril, revelam que, de um total de 261 entidades (119 editoras e 142 livrarias) concorrentes, vão ser apoiadas 251, com um montante máximo de 1.500 euros (editoras) e 2.000 euros (livrarias), segundo informação disponível na página da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).

Entre as editoras e livrarias selecionadas surgem nomes aqui mencionados, como é o caso das editoras E-Primatur, Abysmo e das livrarias Ler Devagar, Distopia e Snob. Ao Gerador,  Hugo Xavier conta que a editora irá receber um apoio de 1500 euros no âmbito destas medidas, número que ainda assim não consegue “corresponder à realidade” do mercado. “É um apoio que obviamente não é viável e que não é mais do que uma palmadinha nas costas. Percebo que o mercado todo vai sofrer e, portanto, não há dinheiro para tudo, tenho de compreender isso. Agora, há apoios que são quase ridículos e este é quase ridículo, porque para suprir casos em que empresas tiveram dois meses e meio sem faturar e, nalguns casos, até mais, é nada”.

João Paulo Cotrim, da Abysmo, corrobora a visão. “O suposto apoio está ao nível do ridículo. Deu para perceber que o MC desconhece o setor e que as medidas não resolverão problema algum. A nosso ver, mesmo sem pensar no que seria exigível, ou seja, estratégias de longo prazo, para já poderiam bem ser aplicadas as políticas que foram sendo apagadas pelos sucessivos governos, mas que já estiveram no terreno com provas dadas”. Uma dessas medidas, refere, seria “a compra regular pelas bibliotecas da rede pública das nossas edições, como acontece em tantos outros países”, salienta.

Por sua vez, Sónia Silva, da Distopia, sente que o apoio, nos moldes em que é proposto, “é muito curto e mais um penso rápido do que uma ajuda significativa”. “Sabemos que o MC tem muito com que se preocupar, mas enquanto as livrarias independentes não forem levadas a sério enquanto agentes culturais e continuarem a ser tratadas como simples comércio, continuarão sempre numa situação precária que se arrasta há décadas”.

A reabertura ao público e os desafios perante um futuro marcado pela incerteza

Um dos aspetos destacados por Hugo Xavier face à atual situação não tem tanto que ver com as vendas de livros, mas sim com as rendas e ordenados que muitas livrarias e editoras têm de suportar. Rosa Azevedo completa esta visão sublinhando que, até pelas fragilidades do passado, “uma situação destas pode ser dramática, porque vivemos com poucas reservas financeiras que nos permitam respirar fundo em dias sem vendas”. 

“O importante agora é receber ainda melhor os nossos clientes, melhorar o nosso catálogo, fazer ainda melhor aquilo que sabemos fazer – vender livros. Os apoios, campanhas e outras soluções são residuais”. Na sua perspetiva, é fundamental que se ajudem a criar mais hábitos de leitura e apoiar projetos mais localizados.  “Temos de cativar ainda mais o nosso público, e fazê-lo sentir-se seguro no nosso espaço, agora este aspeto também não é menor. É preciso (e já o era) que o leitor tenha consciência da sua escolha enquanto consumidor e que perceba, para isso, a importância de manter vivas as livrarias independentes em tempo de crise”, realça. 

Questionado sobre eventuais propostas que possam dar uma maior segurança ao mercado do livro em Portugal, João Paulo Cotrim considera que “enquanto não se aplicar um programa estratégico de promoção da leitura que envolva a sociedade como um todo, não haverá solução possível”. Por outro lado, Hugo Xavier defende que é necessário também resolver “males endémicos na área do livro”, algo que pode passar, nomeadamente, por uma isenção de impostos sobre livros que não são de venda rápida. 

“Quando uma editora coloca cá fora livros best sellers, estes têm uma circulação rápida e quando deixam de vender os livros são ou destruídos ou vendidos a preço de saldo, estando  pouco tempo nos armazéns das editoras. Mas as editoras que fazem livros de rotação menos rápida ficam muitas vezes com os livros durante bastante tempo em armazém, porque se vão vendendo, só que mesmo ao fim de anos são contados ainda como ativos e pagam impostos. Precisamente, quem aposta neste tipo de livros culturalmente mais relevantes é mais penalizado, e isto é uma questão que poderia ser revista nesta altura”, sintetiza.

O editor da E-Primatur defende ainda a criação de um sistema pelo qual o Governo conseguisse controlar, através de bases de dados, a edição de livros nacionais. “Isto permitia que o público pudesse consultar essa base de dados e saber onde podia encontrar o livro. Depois, permitia que o Estado recolhesse os devidos impostos sobre as reais vendas e números concretos sobre o que é o mercado do livro em Portugal e sobre os hábitos de leitura. Finalmente, permitia também que muitas entidades, que funcionam há muitos anos sem pagarem direitos de autor ou começassem a jogar jogo limpo ou fechassem. Pela primeira vez, ficaríamos com um mercado mais transparente e regulado”, advoga.

Num tempo de retoma e de ressaca da pandemia, livreiros e editores parecem retirar ilações positivas de uma maior união do setor, muitas vezes marcado pelo seu quase já natural distanciamento. Exemplo disso é a RELI que prova que, por mais monopólios que existam, podem existir vozes que trazem para cima da mesa fragilidades que já existiam e que se devem combater. Sónia Silva destaca essa mesma motivação, realçando que é tempo de “alterar a perceção de que os livros não são artigos essenciais e de que as livrarias independentes são apenas espaços de venda de livros”.

Por outro lado, são muitos os leitores que pretendem voltar a esse insubstituível ato de ir à descoberta do livro nas estantes das livrarias. Ainda sem saber bem como será feito esse regresso, Nuno Gonçalves sublinha a importância das livrarias como “um espaço de possibilidade para se tropeçar no inesperado”. Já Francisco Correia sublinha a experiência que só estes lugares podem proporcionar: “não há melhor maneira de os ver [os livros] do que em diálogo com tantos outros. As livrarias têm o mesmo encanto que as bibliotecas, lembram-nos a imensidão do que ainda está por ler”.

Nesta passagem de um tempo de intermitência para a abertura de novos capítulos, reside a vontade de se continuar a dar mais e melhores motivos de leitura ao público, realçando um debate sobre a importâncias deste tipo de intervenientes – livrarias e editoras – no campo da cultura. Num futuro que será marcado pela incerteza, as fragilidades são, por isso, aspetos mais do que suficientes para que se unam esforços, que permitam não só a sobrevivência destes espaços e intervenientes, como a manutenção de um lugar por direito daqueles que fazem do livro uma forma de vida.

Texto de Ricardo Ramos Gonçalves
Fotografia de Alfons Morales via Unsplash

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