O Porto Blues Fest regressa nos dias 30 e 31 de julho à concha acústica dos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto. De acesso gratuito, o festival, este ano, volta-se para o universo das bandas portuguesas e para uma vertente mais pedagógica.
Depois de um ano de ausências, a intenção é "apostar nas bandas portuguesas" com o objetivo de "dar apoio aos músicos portugueses que muito sofreram com esta pandemia e estão parados há muito tempo". Depois de descrever à Lusa em que incidia o festival na sua quarta edição, Adalberto Ribeiro, programador do festival, referiu ainda nomes como Dog Bollocks, que “vão apresentar originais próprios” e Kikko and the Blues Refugees, banda portuense que “faz um blues não muito tradicional, um blues que cruza o som e bate um bocadinho no jazz”, que integrarão a programação do festival.
Budda Power Blues & Maria João também estarão presentes no festival com “Blues Experience II” um disco descrito por Adalberto como “um casamento feliz que acontece entre uma banda de blues, se calhar a melhor banda de blues nacional, e a voz da diva do jazz, uma cantora multifacetada".
Não ficando por aqui, juntam-se os portugueses Delta Blues Riders e a cantora norte-americana premiada Trudy Lynn, assinalando-se como um convite especial.
Integrando a programação, este ano, o Porto Blues Fest conta com o Porto Blues Guitar Fest Summit, um projeto com curadoria do guitarrista português Budda Guedes, em homenagem aos melhores guitarristas portugueses. Participarão, além do curador, João Cabeleira dos Xutos & Pontapés, Frankie Chavez e Vítor Bacalhau.
Paralelamente, decorrerá uma exposição de guitarras ‘cigar box’, uma feira de vinil e oficinas de música.
A organização explicou à Lusa que o festival pretende “mostrar um pouco a raiz do blues que começou na alma do povo, na população que chegou aos Estados Unidos para trabalhar nos campos de algodão e não tinha possibilidades de comprar guitarras”. Como tal, a adaptação dos materiais de que esses fundadores do blues dispunham resultou na criação de guitarras em caixas de cigarros, caixas de charutos ou em latas de óleo, entre outros materiais.
Já na vertente pedagógica, o festival conta com a parceria da Escola do Porto PG – Guitar Studio, que integrará os workshops organizados pelos músicos do festival e na participação do melhor aluno da escola, num concerto com um dos grupos convidados.
Tendo em consideração as medidas disponibilizadas pela Direção-Geral de Saúde, o festival conta com uma capacidade de receção de 250 a 300 pessoas. Terá lugares sentados, cadeiras com distanciamento de 1,5 metros, recinto delimitado, obrigatoriedade do uso de máscara e da etiqueta respiratória, dispensadores de solução à base álcool para higienização das mãos e sinalização de circuitos de entrada e saída do público.
Com apoio do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização COMPETE 2020, e da Câmara do Porto, através da empresa municipal Ágora, o festival está integrado no Warm Up, um ciclo de seis fins de semana de música que antecipa a Feira do Livro do Porto.