Os vinte anos da criação do Prémio Novos Artistas e do Grande Prémio Fundação EDP Arte são comemorados com uma exposição que reúne, pela primeira vez, obras dos artistas vencedores das várias edições dos dois galardões. A mostra está patente, no Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, até 18 de fevereiro do próximo ano.
Com curadoria de Inês Grosso e Rosa Lleó, a exposição “Um Oásis ao Entardecer. 20º aniversário Prémios Fundação EDP” promove o diálogo e interação entre artistas de diferentes gerações e linguagens, apresentando, lado a lado, uma seleção de trabalho pré-existentes e novas obras especialmente concebidas para a ocasião.
“Recorrendo a obras existentes e a novas encomendas — algumas das quais são o resultado de contaminações, diálogos, trocas e citações entre artistas —, esta exposição junta pela primeira vez os artistas vencedores das várias edições do Prémio Novos Artistas e do Grande Prémio Fundação EDP Arte e constitui-se como um exercício experimental de encontros visuais e conceptuais, diálogos inéditos que atravessam fronteiras geracionais e estilísticas, relações hierárquicas e cronológicas para engendrar deambulações e errâncias poéticas, disrupções e contaminações mútuas”, referem as curadoras.
Patente no Maat até meados de fevereiro do próximo ano, a mostra conta com trabalhos dos artistas Álvaro Lapa, Ana Jotta, Ana Santos, André Romão, Artur Barrio, Carlos Bunga, Claire de Santa Coloma, Diana Policarpo, Eduardo Batarda, Gabriel Abrantes, Joana Vasconcelos, João Leonardo, João Maria Gusmão & Pedro Paiva, Jorge Molder, Leonor Antunes, Lourdes Castro, Mariana Silva, Mário Cesariny, Priscila Fernandes e Vasco Araújo.
Esta exposição é também uma resposta à atual conjuntura, como salientam em comunicado: “um ano atípico, com limitações e restrições, marcado pelo isolamento social e confinamento, que obrigou a uma adaptação e transformação dos vários tecidos sociais, nomeadamente, da comunidade artística.” A poética do título "Um oásis ao entardecer" alude a uma ideia de esperança e refúgio num momento em que as conversas e os diálogos em torno da exposição aconteceram também através do mundo virtual: “Quando os dias se confundiam com as noites e o céu avermelhado do entardecer cedia rapidamente lugar a um novo amanhecer, e experimentávamos uma nova ordem do mundo, alheia à circularidade do tempo. Entre quatro paredes, construímos relações e discutimos ideias, mediadas por um ecrã, com um grupo disperso pelos quatro cantos do mundo”.