Com Guadalupe Amaro, Cátia de Carvalho, Leonor Caldeira e João Gabriel Ribeiro
Data e local: 31 de março às 19h nas Carpintarias de São Lázaro, em Lisboa
Em Portugal a ditadura durou precisamente 17.499 dias. No dia 24 de março de 2022 a democracia, que chegou com a Revolução de 25 de Abril, passa a existir há 17.500 dias, superando, finalmente, o tempo que durou a ditadura.
Nesta conversa aproveitamos a ocasião para refletir, com representantes das novas gerações sobre a importância do 25 de Abril hoje e, principalmente, sobre as consequências que trouxe para os jovens.
Quanto mais distantes estamos do passado mais a memória coletiva tem tendência a ir desvanecendo. O que pode ser a liberdade para quem só conheceu o país livre? O que significa, realmente, a democracia? Como a podemos salvaguardar ou até mesmo fortalecer? Qual o olhar dos jovens sobre tudo isto?
Caso não possas comparecer no dia, poderás ver mais tarde a transmissão online desta conversa em gerador.eu. A gravação das conversas nas Carpintarias de São Lázaro serão disponibilizadas 24h após a sua realização.
Guadalupe Amaro
Futura Presidente da República Portuguesa. Parece ambicioso abrir uma biografia assim? Não se preocupem, não o fazemos de ânimo leve, e fazemo-lo com convicção. Reconhecida como Rainha Maria Antonieta no Twitter, é carinhosamente conhecida entre os amigues como Guada, estando a muito pouco tempo de ser médica veterinária, sugerimos que se vão preparando para o Rainha, Doutora, Sra. Presidente, vocês perceberam. Entretanto, é activista, escritora, comunicadora e Dirigente do Projecto Anémona, que visa estabelecer uma ponte entre a comunidade LGBTQIA+ e o SNS, fomentando a formação dos profissionais de saúde para um melhor cuidado daquela comunidade. Daí, é também importante referir que a Guada é uma mulher trans, e isso é tão importante como todas as outras coisas que referimos para ser a mulher incrível que é, e que fazem dela a futura Presidente da… Bom, vocês já sabem.
Cátia de Carvalho
Doutoranda e investigadora na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, com uma tese que procura explorar as razões para a ausência de radicalização violenta de terrorismo Islamista em Portugal. Neste âmbito, foi visiting scholar no Instituto de Criminologia da Universidade de Cambridge. Enquanto investigadora tem-se dedicado aos temas do terrorismo, (des)radicalização, e também migrações. É autora de publicações nestas áreas e especialista da Radicalization Awareness Network da Comissão Europeia.
Leonor Caldeira
Advogada de 28 anos, crente no ativismo judiciário – acredito que o Direito e os Tribunais são ferramentas eficazes para provocar progresso social e ecológico. Trabalhei numa sociedade de advogados, em Lisboa, e na ONG de litigância climática, ClientEarth, em Bruxelas. A litigância estratégica ambiental no plano europeu inspirou-me a desenvolver litigância estratégica de direitos humanos, em Portugal. É a isso que me tenho dedicado desde o final do ano passado, de regresso a Lisboa.
João Gabriel Ribeiro
Jornalista e designer, cofundador e diretor do Shifter, é formado em Marketing e Publicidade pela ESCS. Movido a curiosidade pura, é um autoditata obsessivo em temas como a tecnologia, o design ou os novos media, procurando estabelecer pontes entre áreas e expandir os seus horizontes. Com um gosto antigo pelas ciências naturais e uma tendência para as ciências sociais, faz da intersecção entre domínios o seu território habitual, explorando-o em artigos para o Shifter ou de forma mais longa em publicações como “Uma Questão de Inteligência”. O Shifter é uma publicação cooperativa e criativa para a geração digital, com a missão de acompanhar e compreender o presente para preparar com consciência o futuro.