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Marta Silva: “Desde o primeiro momento a ação foi a melhor forma de reivindicação”

Como se avalia financeiramente o impacto da cultura num território? É possível combater a especulação imobiliária e a gentrificação? Como se protegem os interesses comuns de um território? Como se ocupam os vazios temporários da cidade? Falamos de tudo isto, na próxima Entrevista Central, com Marta Silva, diretora do Largo Residências.

Texto de Flavia Brito

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“Onde é que há um banco que avalie financeiramente este impacto e que agora nos dê condições para chegar e começar de novo?” A pergunta retórica é colocada pela próxima convidada das Entrevistas Centrais. Marta Silva é diretora artística e executiva do Largo Residências, uma cooperativa que nasceu no Intendente, com a missão de contribuir para o desenvolvimento local, através de atividades culturais e negócios sociais, que há mais de uma década impulsionam a criação artística e o envolvimento e integração da comunidade.

"A cultura não é propriamente vista como um serviço da economia e de criação de novos bairros. Mas é”, garante.

Depois de onze anos no Largo do Intendente, a que se seguiram outros dois no Quartel do Largo do Cabeço de Bola, o Largo Residências abriu portas numa parte do antigo Hospital Psiquiátrico Miguel Bombarda, no último mês de junho.

A nova vida da cooperativa nos Jardins do Bombarda e a cultura como serviço da economia e de criação de novos bairros são alguns dos temas da próxima Entrevista Central, onde falamos também de especulação imobiliária, gentrificação, políticas públicas, turismo e multiculturalidade.

Episódio também disponível aqui.

Ligada ao associativismo desde os 17 anos, Marta Silva nasceu no Porto, mas vive em Lisboa há mais de duas décadas. Bailarina de formação, desde cedo trabalhou na área.

Na capital, ajudou a fundar a associação SOU, na Rua Forno do Tijolo, em Arroios. E foi a partir daí que nasceu o Largo Residências, com a missão de promover projetos culturais de inclusão social e desenvolvimento local e negócios sociais, que não só trouxessem sustentabilidade ao projeto, mas que também criassem postos de trabalho para a comunidade.

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