Olá, amiga, tudo bem? Como estás?
Pelo que me apercebo, estás bem e ativa.
Fazes questão de me relembrar que andas por “aí” (aqui).
E obrigada também pelas recomendações que dás, não te as pedi, mas geralmente os teus “recados” surgem:
“Estás com bom apesto”; “Isso passa-te”; “É deste tempo”, “Mas não aparentas nada”; “Também tenho tido dores”; “Hoje não estás bem”; “Tu tens é preguiça”; “Não queres é fazer nada”; “Estás a mancar hoje?”; “Não me digas que não consegues pegar nisso?” “Há coisas piores”; “Toma um comprimido e isso passa”; “Para quem está mal, até te mexes bem”; “Às vezes também me custa dormir”; “Isso parece mais feitio”; “Não te recordas? Disse-te há minutos”. “Também te custa estudar? Isso é muito estranho”.
Ficaria aqui eternamente a ouvir os teus contributos societais, mas a minha memória “preguiçosa” apenas recordou-se destes.
Com o teu propósito malicio, não consegues é contar que eu não te pedi para estar assim.
Aliás, nem a coragem tens de dizer, o quão baixinho tenho eu de te carregar a toda a hora.
Admitir que sofro sozinho a conversar contigo, que só tu me levas a sério. Só tu sabes que eu tenho de fazer três vezes - para não enumerar mais - o esforço de alguém que não te tem, para conseguir fazer algo - ter sucesso, ter um discurso fluido, recordar, memorizar, conquistar até pequenas coisas - isso não dizes!
A minha voz não se afirma, ninguém me leva a sério, conta, conta isso, tens cá uma forma de mostrar a inimizade muito estranha…
Só me queres para o teu silêncio, para o privado, para o teu egoísmo, já dar algum apoio, nem uma dor da articulação do dedo te esforças para contribuir. Por falar nisso, obrigado por me deixares escrever isto, mesmo que só com dois ou três dedos em condições.
Queria apenas contar-te isto, porque amanhã tudo se vai repetir e já não me apetece falar contigo, estou cansado demais, esgotas-me, tiras-me a vontade das coisas e nem imaginas a vontade que tenho de berrar ao Mundo, mas isso não vais conseguir!
Para já, não controlas as minhas emoções, por mais que controles as minhas dores. Não berro, mas estou cansado da inércia e dos teus constantes recados. Não preciso de “pietismo”, apenas e somente que vejam a balança desequilibrada, pois se não partimos todos nas mesmas condições, até a tua oferta é desequilibrada.
Se quiseres ver um texto teu publicado no nosso site, basta enviares-nos o teu texto, com um máximo de 4000 caracteres incluindo espaços, para o geral@gerador.eu, juntamente com o nome com que o queres assinar. Sabe mais, aqui.