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Genesis, o NFT de Leonel Moura que desafia a arte do séc.XXI

Leonel Moura, pioneiro na aplicação da Robótica e da Inteligência Artificial à arte, criou um…

Texto de Patrícia Nogueira

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Leonel Moura, pioneiro na aplicação da Robótica e da Inteligência Artificial à arte, criou um NFT que representa um quadrado preto. Genesis é o nome da obra que está à venda na plataforma OpenSea por 40.000€.

Os NFTs chegaram para mudar o mundo da arte, da criatividade, e a forma como a arte digital é vista. Segundo Leonel Moura, o NFT é um derivado do blockchain, criado em 2008 que, por sua vez, "é um registo digital numa sucessão de blocos invioláveis e descentralizados que garante uma absoluta segurança dos dados e da sua propriedade". Em 2014, o blockchain chegou à arte, "como um projeto artístico e não de mercado".

Em 2009, Leonel Moura já havia sido nomeado Embaixador Europeu da Criatividade e Inovação pela Comissão Europeia, em 2021 continua a ser pioneiro desta arte com a criação de um NFT, Genesis, que representa um quadrado preto, que não é totalmente preto. Na verdade, embora percetível a olho humano, o quadrado, com 100 milhões de pixéis, não é totalmente preto, tendo sido criado por um algoritmo de Inteligência Artificial.

Genesis pode ser interpretado de várias maneiras. Ao Gerador, Leonel Moura explicou-o de dois prismas: por um lado, a compra de um novo tipo de arte, de uma peça única, por outro, a inversão da lógica da criação artística convencional - "O que a pessoa está a comprar é, no fundo, a propriedade de um objeto único, que é um pouco irrelevante, poderia ser todo branco ou todo vermelho, não é essa a questão. A questão está no processo, no que significa como um novo tipo de arte. A pessoa não compra porque a tela é bonita, mas sim porque tem um contexto na história de arte. E ainda outro aspeto, no universo digital uma tela em branco é na verdade preta. No digital o fundo é preto, ou seja, tem o valor 0, sendo que para obter cores e formas há que ir aumentando este valor. Por exemplo, a folha em branco num computador é preta, e há medida que vamos colocando coisas vamos andando em direção ao branco do computador. Tem uma lógica, que é o inverso da lógica do mundo físico".

A obra, que se encontra à venda por 40.000€, na plataforma OpenSea, pode ainda ser vista como uma uma representação da negra realidade em que se encontra o planeta e a sociedade humana, uma ironia perante a especulação financeira em torno dos NFT's.

Questionado sobre como podemos quantificar e preservar o valor de uma obra digital, Leonel Moura explicou que, embora a arte digital possa ser reproduzida, o NFT dá-lhe uma qualidade de único, semelhante a uma obra física, "cada NFT é único, pode ser copiado mas a qualidade de único existe e, nesse aspeto, o que vem fazer é aproximar a arte digital da arte física", acrescentando ainda que "do ponto de vista de um artista, esta tecnologia veio fazer um upgrade da arte digital, que até então era uma arte menor. Os NFT's vieram trazer-lhe outra qualidade e obrigada os artistas a concentrarem-se mais na componente criativa".

Texto de Patrícia Nogueira
Imagem da cortesia de Leonel Moura

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