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“O Banquete”. Fala-se de amor à mesa no Malaposta

O espetáculo de Miguel Mateus pisa o palco do Centro Cultural Malaposta, depois de se…

Texto de Patricia Silva

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O espetáculo de Miguel Mateus pisa o palco do Centro Cultural Malaposta, depois de se estrear na Escola das Mulheres (Clube Estefânia). Designando-se como uma reflexão filosófica e sociológica sobre o amor e as suas manifestações, "O Banquete" serve-se, agora, até dia 5 de setembro.

Iniciada a sua exibição no dia 26 de agosto, a companhia de teatro Casa Cheia pensa o amor à mesa. Com uma ementa composta por diferentes posições sobre de que se trata esta emoção, como se manifesta e de que forma a sociedade e o indivíduo a interpretam e dela se apropriam, os nomes de Platão e Didi Huberman (“Que emoção! Que emoção?”) navegam pelos ouvidos e vozes de todxs os que presenciam o espetáculo.

Navegando entre Platão e Didi Huberman (“Que emoção! Que emoção?”), o espetáculo explora conceitos como o do amor platónico, as diferentes formas que o amor pode assumir e como essas estruturam a nossa experiência em sociedade.

O espetáculo acontece durante a preparação e usufruto de uma refeição. "Serve-se desta maneira. Materializa-se o afeto, o cuidado, para pontuar o ritmo da peça, em apressar ou atalhar este processo que desencadeia uma composição de monólogos que se entrecruzam, contrariam e beneficiam da fluidez do momento", lê-se em comunicado. Mostrando-se um espetáculo com um objeto orgânico e em aberto, cada apresentação distingue-se pela sua unicidade e vive "da imprevisibilidade e naturalidade do momento".

O texto de Luísa Fidalgo e Miguel Mateus nasce a partir da troca de correspondência entre os dois autores, sobre o tema, e foi, posteriormente, enriquecido por um processo de partilha coletiva entre todo o elenco, bebendo do diálogo com todos os intérpretes e da sua personalidade.

Assumindo-se assim a primeira obra que Miguel Mateus assina a título individual, o artista partilha que "nunca quis falar sobre o amor, mas apercebi-me que todas as minhas peças falam sobre ele. E sobre o medo da morte!” Mais do que uma criação teatral, Miguel abraça a peça como uma forma de expressão ou meio, através do qual dá voz às suas ideias, um modo de questionar e de sentir, um mecanismo que o ajuda a alargar os seus horizontes, mantendo um olhar observador e inquisidor sobre a condição humana. É desta forma que "O Banquete" se revela: "não oferece conclusões, dogmas ou ideias herméticas. Ao invés, convida o público à reflexão e ao debate sobre este tema intemporal".

Texto por Patrícia Silva
Fotografia de Alexandra Paramês

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