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Os Sentidos da Música com Surma

Esta semana, nos Sentidos da Música, a Ana Isabel Fernandes esteve à conversa com a Surma…

Texto de Andreia Monteiro

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Esta semana, nos Sentidos da Música, a Ana Isabel Fernandes esteve à conversa com a Surma ;-)

Para se evocar um sentimento ou uma emoção através da música, o lado racional pode atrapalhar ou, pelo contrário, ajudar?

 Para ser sincera, os dois lados podem ser negativos e positivos! Quando estou num concerto tento abstrair-me, completamente, em termos técnicos e sentir só a viagem e a emoção que o concerto me transmite, no momento! Acho que se pensarmos demasiado no lado racional quando estamos a assistir a um concerto ou, até, a uma performance, nem conseguimos desfrutar a 100 %. Mas é claro que, às vezes, não controlamos esse lado racional ao vir ao de cima. É sempre bom analisar também! Com as medidas certas, encontrando um balanço.

Qual é ou quais são as músicas que fazem o teu corpo mexer?

 Boa pergunta! Pump Up  The  Jam é um clássico em que, automaticamente, salto por todo o lado. Posso dizer, também, a Add It Up, de Violent Femmes.

E aquelas que te conduzem a um estado de espírito imediato?

São aquelas que me relembram várias memórias e vários momentos pelos quais passei! Uma delas, posso dizer que é a Case Of You, de Joni Mitchell.

Achas que o facto de a música ser invisível, não palpável, ajuda-a a ser mais intuitiva e , por conseguinte, ter uma outra relação com a nossa consciência?

Acho que, lá no fundo, a música é palpável mas no seu sentido próprio! Quantas vezes não chorei a ouvir um tema, (parece que me entra alma dentro), ou até mesmo quando tens uma sensação de alegria quando ouves uma música que te é querida parecendo que está ali a teu lado para te pôr alegre o dia todo! A música, para mim, é uma pessoa muito própria!

Já te aconteceu pensares em imagens, em ambientes específicos ou espaços, enquanto compões?

Muitas vezes! Tenho essa sensação a maior parte das vezes que componho! Sinto que estou num determinado espaço de tempo, até numa outra era, quando componho! Talvez por sentir que aquele riff ou melodia faz parte daquele espaço e daquele momento próprio! É natural e não forçado da minha cabeça! Como que um sonho acordado.

Se pudesses pintar e desenhar a tua música, como seria e que cores teria?

Não sei muito bem dar uma imagem fixa à minha música! É uma viagem muito livre e sempre quis dar a interpretação de cada pessoa a cada música que toco.

 Como imaginarias o sabor da música mais especial para ti? Doce, amargo,salgado como o mar ou agridoce?

 Uma mistura de todos eles! Vou buscar, sempre, muita coisa diferente a uma música só! Até mesmo se a ouvir no outro dia, já tem um significado completamente diferente para mim.

Pensa no cheiro mais importante para ti. Aquele que te ficou na memória. Que música lhe associarias?

St. Vincent, I prefer your love, sem sombra de dúvida.

Achas que a música pode ser um bom veículo para fixar e guardar memórias?

Para mim, sim! Quando ouço uma música em que já passei várias histórias com ela, automaticamente vem logo à cabeça tudo aquilo! Até mesmo com fotografias isso funciona assim! Tem um pouco a ver com a pessoa e qual o significado que a música tem para ela.

 

Entrevista por Ana Isabel Fernandes

Foto de Hugo Domingues

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