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Teatro Aberto marca reencontro com o público para setembro

“Vai correr tudo bem. O que correr mal é de propósito”: foi com estas palavras…

Texto de Ricardo Gonçalves

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“Vai correr tudo bem. O que correr mal é de propósito”: foi com estas palavras que João Lourenço, encenador e um dos fundadores do Teatro Aberto, em Lisboa, iniciou o espetáculo surpresa 7 do 7 às 7, planeado com a intenção de dar a conhecer a nova temporada daquela estrutura, num retomar aos palcos que será, inevitavelmente, distinta daquilo que era no passado.

Juntando os atores dos diversos elencos, o momento é transmitido online, levando aquela sala até aos telemóveis e computadores dos espectadores. Antes ainda, num breve vídeo de apresentação do espetáculo, o Teatro Aberto falava de um regresso ao teatro para "preparar o futuro, mantendo a distância numa arte que precisa de encontros".

Efetivamemte, ainda não é tempo ainda de se regressar verdadeiramente aos palcos, mas esse reencontro está para breve, marcado mais precisamente para o mês de setembro. João Lourenço construiu a ideia por detrás deste 7 do 7 às 7, mas logo confiou a apresentação a Ana Guiomar, atriz, que como se de uma verdadeira gala se tratasse foi falando com atores das peças que farão parte da nova temporada.

E há de tudo para todos os gostos. A partir de setembro, com as devidas medidas de segurança, o Teatro Aberto irá reabrir portas às suas peças e ao público. A primeira a ter lugar é Golpada, peça de Dea Loher, estreada em 2019 – agora reposta –, numa versão que conta com dramaturgia de Vera San Payo de Lemos e encenação de João Lourenço.

Dois meses depois, em novembro, será a vez da peça Só eu é que escapei, escrita por Caryl Churchill, que juntará em palco quatro reconhecidas atrizes do teatro português: Márcia Breia, Catarina Avelar, Maria Emília Correia e Carmen Santos.

Já em 2021, a programação prossegue com Alma, peça dirigida por Cristina Carvalhal, estreada em 2020, mas interrompida pela pandemia. A esta seguem-se as peças Tempestade, encenada por João Lourenço, a partir de um texto do Nobel da Literatura Peter Handke, e Os Filhos, de Lucy Kirkwood, com encenação de Marta Dias.

“Pensámos em fazer este espetáculo mistério para apresentar aquilo que vamos fazer e para dizer-mos que estamos aqui e que estamos vivos. Isto ainda não é teatro mas queríamos apresentar o que vamos ter em palco, de uma forma diferente, com mais cor e com mais encanto”, explica João Lourenço em conversa com os jornalistas presentes na sala.

Num tempo que será também diferente na forma como se faz teatro – pela distância que se impõe entre públicos e elencos – o Teatro Aberto quer regressar aos palcos, de forma concertada, fazendo com que as pessoas se sintam seguras, quer estejam na plateia ou em cena. “Tem que haver gente de um lado e do outro, é isso que faz o teatro. Temos que estar mais longe, mas sentirmos aquilo que os atores e as atrizes dizem”, acrescenta o encenador, realçando que as peças desta nova temporada serão também um reflexo deste período e dos ensinamentos que dele podemos retirar.

“Estas peças vão falar disso com humor, com esperança. Estamos com muita energia para podermos mostrar coisas que nos façam pensar. Isto vai mudar o teatro no mundo, mas temos que procurar peças que levem as pessoas a pensar, pondo-lhes questões e dúvidas”, sustenta.

Embora ainda não tenha todos os elencos fechados, o encenador conta ter a temporada totalmente planeada até ao final deste mês de julho. Recorde-se que durante a quarentena o Teatro Aberto lançou a programação online Teatro em Casa, iniciativa que levou espetáculos de teatro (de arquivo) até casa das pessoas através da Internet.

Texto de Ricardo Ramos Gonçalves
Fotografia de Filipe Figueiredo

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