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Estudo da Nova IMS revela impacto da pandemia no lixo de Lisboa

Um estudo realizado por investigadores da Nova IMS (Gestão de Informação e Ciência de Dados…

Texto de Patrícia Nogueira

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Um estudo realizado por investigadores da Nova IMS (Gestão de Informação e Ciência de Dados da Universidade Nova de Lisboa) revela o impacto do turismo na produção de lixo em Lisboa.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2020, estima-se que o número de chegadas a Portugal de turistas não residentes tenha atingido 6,5 milhões, correspondendo a uma diminuição de cerca de 73,7% face a 2019, em que o turismo tinha crescido 7,9%. Em 2021, Lisboa registou um decréscimo de 71,5%, com apenas 619 200 dormidas entre janeiro e maio. Segundo o estudo “Impact of COVID-19 lockdown measures on waste production behavior in Lisbon”, realizado por investigadores da Nova IMS entre 2017 e 2020, esta descida do número de pessoas em Lisboa teve como consequência uma queda acentuada na produção de lixo, tanto comum como reciclável, na capital.

No período analisado pelo estudo após o fim do confinamento (19 de março a 02 de maio), verificou-se que os níveis de produção de lixo reciclado aumentaram, mas não voltaram a atingir os níveis pré-pandemia - “Percebemos também que em Lisboa as alterações estiveram diretamente ligadas ao tipo de resíduo e à distribuição espacial de sua produção dentro da cidade. As áreas residenciais com maior densidade populacional foram aquelas em que se registou uma menor diminuição da produção de resíduos, enquanto as áreas que tinham elevadas taxas de turismo tiveram uma queda maior”, disse Miguel de Castro Neto, um dos autores do estudo, em comunicado.

O estudo refere também que as restrições impostas pela covid-19 colocaram outros desafios. Durante o confinamento, a cidade de Lisboa suspendeu a recolha de reciclagem porta a porta (até junho de 2020), havendo também redução da quantidade de vezes que o lixo comum era recolhido. Esta redução de sete para três dias de recolha afetou 37% dos circuitos. O investigador considera que o estudo pode ajudar as entidades responsáveis pelo planeamento urbano a desenvolver políticas mais direcionadas e adaptadas, para que possam assim reagir da melhor maneira em situações mudem a dinâmica da cidade.

O estudo foi feito no âmbito do projeto “BEE2WasteCrypto”, do Programa Carnegie Mellon Portugal (CMU Portugal), que resulta da colaboração entre empresas e universidades, cujo objetivo é desenvolver a primeira ferramenta tecnológica que forneça uma solução totalmente integrada para projetar soluções de gestão de resíduos, desde a produção até à transformação, maximizando a dimensão económica e minimizando o seu impacto ambiental, com base numa filosofia de economia circular.

Texto de Patrícia Nogueira e Lusa
Fotografia disponível via Pexels

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