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Isabel Soares: “Já é quase fashion consumir fruta feia”

Gente bonita come fruta feita. É esse o lema da cooperativa que, desde 2013, tem…

Texto de Isabel Patrício

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Gente bonita come fruta feita. É esse o lema da cooperativa que, desde 2013, tem contribuído para a redução do desperdício das frutas e legumes produzidos em Portugal que não encaixam nos padrões estéticos definidos pela indústria. Hoje, estão associados à Fruta Feia mais de 300 agricultores e, semanalmente, mais de quatro mil cabazes são montados com alimentos que, de outro modo, iriam parar ao lixo somente por causa da sua aparência.

Numa conversa por Zoom, Isabel Soares, fundadora desta cooperativa, conta-nos como surgiu a ideia de canalizar as frutas e legumes que ninguém queria para os consumidores, com vantagens tanto para estes últimos, como para os agricultores e também para o ambiente. Em dez anos, o mundo mudou, e, hoje, diz a responsável, comer alimentos fora dos padrões é quase cool, sendo já parte, além disso, da estratégia comunitária para mitigar as alterações climáticas.

Gerador (G.) – O primeiro ponto de entrega da Fruta Feia surgiu em 2013, no Intendente, em Lisboa. Como é que surgiu esta ideia?

Isabel Soares (I. S.) – A ideia surgiu de uma maneira muito simples. Estava a ver um documentário sobre o desperdício alimentar e percebi que 30 % do que é produzido pelos agricultores na Europa vai para o lixo por meras razões estéticas. Isso indignou-me. Pensei que isso não fazia sentido nenhum e que era preciso criar uma alternativa para aproveitar as frutas pequeninas, disformes ou grandes demais, que só por razões estéticas são desperdiçadas. Automaticamente, a ideia da Fruta Feia surgiu na minha cabeça como uma necessidade, ou seja, como uma maneira de canalizar os produtos que são rejeitados devido à aparência desde os agricultores até aos consumidores. Nessa altura, não vivia em Portugal e, ao ler um jornal português, fiquei a conhecer um concurso que estava a ser desenvolvido em Portugal direcionado para portugueses que viviam no estrangeiro. Era um concurso da [Fundação Calouste] Gulbenkian, que se chamava Ideias de Origem Portuguesa. Essa foi assim a força motriz para transpor a ideia da Fruta Feia da minha cabeça para o papel e fazer dela um projeto economicamente e logisticamente viável. Apresentei a minha tese ao concurso, ganhei e voltei para Portugal para implementar a Fruta Feia. 

G. – Como é que correu o arranque desse projeto? Foi fácil chegar aos agricultores com esta proposta?

I. S. Os dois atores principais do nosso modelo são, do lado do campo, os agricultores e, do lado da cidade, os consumidores. Ao contrário das minhas expectativas, foi muito difícil angariar agricultores. O projeto surgiu para ajudar os agricultores a escoar a fatia de 30% de produção que não conseguem escoar por razões estéticas, mas mostraram-se muito reticentes quanto à veracidade do projeto, ou seja, não acreditavam que uma rapariga da cidade efetivamente ia passar com uma carrinha de manhã para comprar esses produtos. Foi muito difícil angariar os agricultores. Quando arrancámos, contávamos com dez agricultores, que foram sacados à força. Por outro lado, do lado dos consumidores, foi muito fácil, ou seja, ao enviar um simples mail e ao anunciar na nossa página do Facebook a abertura das inscrições, em menos de uma semana já tínhamos mais de mais de 100 consumidores registados. Tivemos de reformular todo o nosso modelo de negócio, porque [estava previsto] começar com um grupo de consumo pequenino, com 40 pessoas, e já arrancámos com 100 consumidores e mais 100 estavam na lista de espera. Portanto, arranjar agricultores foi difícil no início, mas arranjar consumidores foi muito fácil. Hoje, arranjar agricultores já não é assim, porque, desde o momento em que arrancamos, os agricultores começaram a passar a palavra uns aos outros. Hoje até são mais os agricultores. Hoje já trabalhamos com 300 agricultores e com sete mil consumidores.

Fruta Feia chega hoje a mais de sete mil consumidores. Fotografia cortesia de Fruta Feia.

G. – A Fruta Feia tem vantagens financeiras para esses agricultores. Que relação têm hoje com esses produtores?

I. S. A Fruta Feita é supervantajosa [para os agricultores], porque estamos a comprar a um preço justo um produto que antes era considerado lixo e que até tinha um valor negativo, no sentido em que havia custos associados à sua produção, mas não encontrava valorização no mercado. Estamos a comprar esse produto a um valor justo, que é um valor que cobre o custo de produção e ainda dá uma margem ao agricultor que justifica levantar-se para apanhar os espinafres ou as maçãs. Portanto, financeiramente há uma rentabilidade extra muito grande. Temos agricultores que, só com o dinheiro da Fruta Feia, conseguiram contratar mais um trabalhador. Depois, à parte dessa vantagem financeira, temos também uma relação de amizade com os agricultores. É uma relação muito próxima, porque somos nós próprios, os trabalhadores, que vamos de manhã com as nossas carrinhas recolher os produtos aos agricultores. São pessoas que vemos semanalmente e com as quais temos esta relação de amizade. 

G. – Hoje têm 14 pontos de entrega. Quantos cabazes distribuem todas as semanas? Sei que até há uma lista de espera, pelo menos, para alguns pontos?

I. S. Estamos a montar, por semana, cerca de 4300 cabazes. Isto distribuído pelos nossos 14 pontos de entrega, sendo que dez estão na região de Lisboa e os outros quatro na região do Porto. A maior parte dos pontos de entrega têm uma lista de espera. Temos dois pontos de entrega que não têm lista de espera: Marvila, em Lisboa, e o de Vila Nova de Gaia, no Porto. Depois, nos restantes 12, as listas de espera divergem. Há umas que chegam aos dois anos e meio, outras que rondam os dois meses. 

G. – Como é que lidaram com o período pandémico? Viram o número de subscritores cair ou o inverso?

I. S. Houve duas fases. Numa fase inicial, as nossas vendas caíram substancialmente. Estávamos a montar 40 % dos cabazes que normalmente montávamos. Primeiro, parámos duas semanas para nos organizarmos, porque o nosso modelo tem muito contacto social: as pessoas entram no ponto de entrega, falam connosco, recolhem o seu cabaz, e tudo isso teve de ser reformulado. Passámos a fazer a venda dos cabazes ao postigo, já dentro de sacos e, na altura, nem estávamos a conseguir comprar material de proteção, como máscaras e desinfetantes. Com o modelo de funcionamento ao postigo, as nossas receitas diminuíram muito. As pessoas ainda estavam com receio de sair de casa. Houve essa primeira fase, que durou alguns meses, e a seguir os números começaram a aumentar, e isso até veio evidenciar o papel que a Fruta Feia ocupa hoje na cadeia agroalimentar. As pessoas começaram a olhar para a Fruta Feia até como uma maneira mais segura de consumir bens de primeira necessidade, quando comparado a um supermercado, porque não têm tanto contacto com possíveis perigos covid-19. Por um lado, viram na Fruta Feia um sítio mais seguro. Por outro, também viram na Fruta Feia uma maneira direta de apoiar os agricultores da região. [As pessoas] sabiam que muitos deles estavam a passar necessidades, na pandemia, porque não conseguiam ir vender aos mercados, que também estavam fechados. Nessa segunda fase, os nossos números voltaram a ser o que eram antes.

G. – Já conseguiram recuperar, portanto, os níveis de 2019. Já estão no nível pré-pandemia?

I. S. Sim, hoje já conseguimos recuperar. Já abrimos mais pontos de entrega e vamos abrir mais. Nos primeiros meses [da pandemia], perdemos algum dinheiro, mas tínhamos ali uma boia financeira, umas poupanças, e conseguimos manter todos os postos de trabalho sem alterações de salários e sem alterações do preço pago aos agricultores. Isso foi um orgulho para nós. 

G. – Este projeto tem, além de vantagens financeiras, vantagens ambientais. De que modo é que a Fruta Feia contribuiu positivamente para o ambiente?

I. S. Quando estamos a evitar o desperdício alimentar, também estamos a evitar o gasto desnecessário dos recursos utilizados na sua produção. Estou a falar da água, energia e terras cultiváveis. Depois, há também um impacto ao nível das alterações climáticas, porque todos estes alimentos feios, que não entram no mercado, ficam a apodrecer nos solos, e isso resulta em emissões de gases com efeito de estufa, que, depois, contribuem para as alterações climáticas. [Além disso], o nosso modelo também está pensado para ser um modelo ambiental e ter os menores custos ambientais possíveis. Por exemplo, não temos armazenamento, [o que implicaria] gastos energéticos muito grandes. Recolhemos os produtos na própria manhã que eles são entregues aos consumidores. Não vamos a uma distância superior a 70 quilómetros, ou seja, é um consumo de proximidade e aqui também estamos a evitar emissões de longos transportes. Todo o material que utilizamos é reutilizável: montamos os nossos cabazes numas caixas de madeira, que utilizamos semana após semana e anos após anos. Não utilizamos plástico. Tudo o que compramos aos agricultores é vendido aos consumidores, ou seja, zero desperdício. Se, por acaso, algum consumidor se esquecer de ir levantar a sua cesta, essas cestas são doadas a várias instituições, que as canalizam para famílias carenciadas ou sem-abrigo. Portanto, o nosso balanço o nível de desperdício é zero. Tudo o que é comprado acaba na boca de alguém.

Fruta Feia assegura que o seu saldo, em termos de desperdício, é zero. Fotografia cortesia de Fruta Feia.

G. – Acredita que períodos como o atual, de seca, mostram a importância de evitar cada vez mais o desperdício e otimizar a utilização do que conseguimos produzir?

I. S. Cada vez que os produtos escasseiam, isso deve levar-nos a refletir sobre como é que os podemos aproveitar. Toda a comida desperdiçada só nos países industrializados seria suficiente para alimentar todas as pessoas que passam fome no mundo. Temos de pensar sobre isto: em vez de produzir mais, vamos, antes, pensar em aproveitar já tudo o que se produz. A seca também coloca essa questão em evidência.

G. – Disse que a Fruta Feia nasce também da vontade de inverter as tendências de normalização estética das frutas e legumes. O que falta para essa inversão acontecer a um nível mais amplo? E que balanço faz dessas tendências, tendo em conta a última década?

I. S. A Fruta Feia tem duas escalas de atuação: uma que é muito prática, que é evitar este desperdício no terreno, mas, depois, colocamos esta questão em cima da mesa perante o mundo. Somos o primeiro projeto a nível mundial a apresentar uma solução para este problema. O consumidor hoje olha para as frutas e hortícolas de uma maneira muito diferente e está muito mais preocupado com a qualidade dos produtos e com a sua proveniência do que propriamente com a estética. Portanto, a nível de consciência do consumidor, isso mudou brutalmente. A nível de supermercados, também mudou. Têm tido várias campanhas para vender fruta miúda, o que depois pode ser questionável é a maneira como compram esta fruta aos agricultores, mas de alguma maneira acho que a fruta feia se tornou uma tendência. Colocamos esta questão no mundo e agora quase que já é fashion consumir fruta feia. Os supermercados viram aqui uma nova oportunidade: há muito trabalho por fazer.

G. – Portanto, estamos no bom caminho?

I. S. Sim, [mas] ainda há muito trabalho para fazer. Há muito desperdício nos campos devido a razões estéticas, mas há uma mudança. A própria União Europeia está a questionar a regulamentação que agrupa as frutas e hortícolas em função da sua aparência. Estamos hoje numa plataforma europeia exatamente para repensar isso e tentar apresentar alternativas a isso. Portanto, estamos numa época de mudança.

G. – No vosso site indicam que cerca de metade da comida produzida no mundo cada ano vai para o lixo e que uma das razões são as promoções que incentivam o consumo em excesso. Falta educação contra o desperdício, nomeadamente nas escolas?

I. S. Nós próprios estamos a fazer esse trabalho. Desenvolvemos workshops nas escolas do ensino básico. Temos sentido que estas crianças vão resultar numa geração que já tem um olhar diferente, ou seja, elas quando vão ao supermercado já dizem aos pais para escolherem a [fruta] feia, porque, caso contrário, os agricultores vão desperdiçá-la. É importante dar um novo olhar a estas crianças sobre o desperdício. 

G. – Falava da União Europeia. Quando olha para a estratégia portuguesa e comunitária de luta contra as alterações climáticas, que avaliação faz do papel que a cadeia alimentar assume nesses planos? Acha que se deveria dar mais atenção?

I. S. Finalmente, o desperdício alimentar começou a ter um papel importante no combate às alterações climáticas. Hoje, já há uma data de metas relacionadas com o desperdício com o fim de reduzir as alterações climáticas. Já está na agenda. Agora acho que é preciso concretizar as metas. Estamos nesta plataforma a tentar arranjar medidas claras para atingir essas metas. Seria muito injusto da minha parte estar a dizer que não entrou na agenda política, porque entrou e cada vez se fala mais do desperdício alimentar. 

G. – Em outubro de 2020, ganharam o prémio LIFE para o Ambiente da União Europeia. O que significou para o vosso trabalho esta distinção?

I. S. Foi brutal. Ganhámos dois prémios. Pela primeira vez na história do LIFE, houve um projeto que ganhou dois prémios em simultâneo. Ganhámos o prémio do júri na categoria de Ambiente e ganhámos o prémio da votação do público. Os prémios LIFE não se traduziram num prémio financeiro, são mais o reconhecimento. O que nos ajudou muito foi o financiamento que ganhámos. O financiamento LIFE é um financiamento da União Europeia que apoia projetos ambientais, ao qual nos candidatámos em 2015 e ganhámos. Foi uma grande alegria, porque éramos uma cooperativa muito pequenina. Ganhámos o financiamento com nosso projeto Flaw4Life, que visava, muito resumidamente, abrir oito pontos de entrega da Fruta Feia, num prazo de três anos. Foi isso que fizemos, alcançámos todos os nossos resultados e superámos a nível de indicadores ambientais. Metemo-nos com um monstro, que é o desperdício alimentar devido à aparência, que toca 30 % do que é produzido pelos agricultores em Portugal. Não estávamos a conseguir crescer com a celeridade que este problema impõe, porque não tínhamos recursos financeiros suficientes para abrir novos pontos de entrega. Então, este financiamento veio ajudar-nos a fazer isso. Foi essencial para o crescimento da cooperativa a nível nacional. Já nos tinham ajudado a crescer, ser reconhecido, entre centenas de projetos europeus, como o melhor projeto ambiental e o mais votado pelo público foi incrível.

Fruta Feia já está a preparar a abertura de mais um ponto de entrega. Fotografia cortesia de Fruta Feia.

G. – Quais são agora os próximos passos da Fruta Feia? Já referiu a abertura de mais pontos de entrega.

I. S. O nosso caminho é muito claro, porque só conseguimos evitar mais desperdício e dar resposta a mais consumidores através da abertura de mais postos de entrega. Então, é isso que vamos continuar a fazer: abrir mais pontos de entrega. Estamos agora a preparar o arranque do 15.º ponto de entrega e, depois, paralelamente a isto, [vamos apostar num] trabalho de divulgação e também político, isto é, continuar os nossos workshops nas escolas – que, neste momento, estamos a fazer gratuitamente – e também através da integração na plataforma para a qual fomos selecionados. Temos um mandato de cinco anos nesta plataforma contra o desperdício e perdas alimentares na União Europeia. 

G. – E quais acha que têm de ser os próximos passos da indústria alimentar como um todo, de modo a tornar-se mais sustentável?

I. S. Num mundo ideal, os supermercados deixariam de comprar aos agricultores em função de critérios estéticos. Passariam a comprar tudo, independentemente do seu calibre e da sua forma. Com isto, já estaríamos a evitar o desperdício de 30% do que é produzido pelos agricultores. Depois, a indústria alimentar também tem de ter em conta a maneira como faz toda a logística, desde o campo até o consumidor, porque há muitas perdas pelo caminho, por causa de condições inadequadas de armazenamento e de transporte. [Seria preciso] reduzir estas cadeias, de forma que, ao longo de toda a cadeia, se desperdice menos e a que, cada vez mais, também haja menos intervenientes, porque estes intervenientes são os que aumentam o preço ao consumidor e isso em nada se reflete no que o agricultor está a receber. Portanto, passar para um consumo de proximidade.

Texto de Isabel Patrício
Fotografias cortesia de Fruta Feia

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