"Quarantine Days"
Obra gráfica de Marta Pedroso, originalmente publicada na Revista Gerador 33.
Desde muito cedo, a pintura atraiu-me. É um processo terapêutico, para mim. Enquanto pinto, deixo-me levar pelo meu instinto, e as cores suaves saem-me naturalmente, como o reflexo da tranquilidade que sinto.
Esta abordagem foi-me muito útil durante este último ano em que nos vimos obrigados a mudar as nossas vidas de repente. A pintura tornou-se no meu refúgio, uma maneira de passar o tempo, mas também de olhar para as coisas simples do dia a dia de outra forma. Como ficámos limitados a viver dentro das nossas casas, os temas das minhas obras mudaram para composições mais mundanas, fui forçada a olhar com mais atenção para coisas para as quais talvez não olhasse duas vezes antes, e isso também fez com que desse mais valor ao espaço que habito, e às pessoas com quem convivo.
À medida que fui partilhando as minhas obras, apercebi-me de que as pessoas se identificaram com o meu estado de espírito, afinal de contas estamos todos a passar pelo mesmo e, se nada mais, espero ter levado alguma harmonia às pessoas, e alguma da paz que sinto quando faço estas imagens.
Licenciou-se em Artes Visuais e completou a pós-graduação em Artes Visuais e Performativas. Tem participado em várias exposições de grupo e individuais pelo Algarve e Lisboa, e desenvolve trabalho na área do design gráfico e ilustração. Sempre viu a pintura como forma de terapia, escape. E, em tempos de pandemia, tal não foi exceção. Com as suas pinturas procura passar um sentimento de calma e intimidade, algo que lhe é muito pessoal, e fá-lo através das cores e de situações mundanas.
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