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Outros Quinhentos: Banho-maria

Podia começar a crónica escrevendo: Como qualquer mulher sabe, mas não sei se posso ou…

Texto de Ana Salgado

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Podia começar a crónica escrevendo:

Como qualquer mulher sabe, mas não sei se posso ou se devo. É um assunto delicado. E agora parece que os homens se começam a apoderar verdadeiramente da cozinha. Voltam a estar na moda os chefs de cuisine, e nomes masculinos são facilmente reconhecidos como tal. Então, recomecemos:

Sabem o que é o banho-maria? Sim, é isso mesmo. O processo de aquecimento ou cozedura de um alimento a uma temperatura moderada, em que o recipiente onde o alimento aquece ou coze é mergulhado dentro de outro que contém água a ferver.

 

E por que razão diremos, nós, banho-maria?

A origem do vocábulo é remota, e a sua possível explicação encontra-se em tempos muito antigos. Encontro duas teorias:

  • A inventora do processo terá sido uma famosa alquimista, de seu nome Maria (a Judia), que nas suas experiências usava geralmente um tacho de cobre para manter aquecida a água aromatizada por muito tempo e, por isso, considerada a criadora do processo. Em latim, balneum Mariae, isto é, banho de Maria.
  • A Enciclopédia de Culinária da Larrousse refere que há uma alusão à Virgem Maria, símbolo da doçura, uma vez que o vocábulo alude ao facto de ser «a mais doce das cozeduras».

Origem explicada, cabe ainda referir que é muito usada a expressão coloquial “em banho-maria”, que nos diz que algo ficou em suspenso. Na verdade, é esperar, assim como quando se cozinha lentamente, em lume branco, usando a água para não queimar…

Encontramo-nos quarta-feira numa próxima crónica?

Despeço-me com amizade!

Texto de Ana Salgado
Ilustração de Amalteia

Se queres ler mais crónicas do Outros Quinhentos, clica aqui.

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