Há dias, entrei no metro, ali na Baixa-Chiado. Já não o fazia há algum tempo. Era hora de ponta, perto das 18 horas. Quando desci as escadas, deparei-me com uma multidão que, tal como eu, pretendia apanhar o metro. Ele acabou por chegar. A custo, lá entrei, mas nem todos conseguiram… Enfim, lá seguimos viagem, bem apertadinhos. “Vou aqui como sardinha em lata!”, pensei eu.
Sardinha em lata porquê? Por que motivo nos sai esta expressão quando estamos num espaço que é pequeno para a quantidade de pessoas que lá se encontra?
Vejamos: sardinhas em lata. Pensemos nessas pequenas embalagens que contêm sardinhas, seja em azeite ou óleo, apreciadas por muito boa gente. Como é que estas embalagens se associam a essa expressão que me ocorreu no metro? É esse o mote de hoje.
Como bem sabemos a palavra sardinha designa uma espécie de peixe, alimento bastante apreciado, principalmente na época dos santos populares, e de sabor bem peculiar. As sardinhas, quando enlatadas em óleo ou noutro molho, ficam bem encostadinhas umas às outras numa pequena embalagem. A explicação passa exatamente pelas conservas. Mantidas num determinado molho, as sardinhas também se vendem em lata. Assim, por analogia, a expressão aplica-se quando um espaço se torna pequeno e apertado para o número de pessoas que lá se encontrem, como no caso de um transporte público sobrelotado.
Despeço-me com amizade e prometo voltar, juro a pés juntos! Consegues adivinhar qual será a próxima expressão?