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Carta do Leitor: Oppenheimer e o início da 3ª Guerra Mundial

A Carta do Leitor de hoje chega pelas mãos de João Pacheco Paulo, que reflete sobre o poder crítico.

Inspirado num texto próprio publicado no blog "Ponte de Vista", com o mesmo título, não poderia deixar de partilhar convosco esta reflexão, esta inquietação, a de que temos vivido numa ilusão, a de que vivemos em paz, de que estamos "todos" interessados nesse sentimento de harmonia e sã convivência, que chamamos paz, quando na verdade temos sim, vivido numa espécie de banho-maria de uma 3ª Guerra Mundial iniciada no dia 6 de agosto de 1945, quando caiu a primeira bomba atómica.

Foi ao visionar o filme "Oppenheimer" que esta inquietante ideia, sensação, arrepio pelo corpo todo me assaltou, deixando-me quase dois dias adormecido em pensamentos mais ou menos depressivos, que me diziam que nós enquanto povo temos vivido enganados, rotulados com números que representam votos, impostos, consumo, entre outras coisas, além de "marionetes" manipuladas nos discursos de gente bem falante, que usa citações de pessoas que sabem, são ou serão símbolos relevantes para uma grande maioria, símbolos que eles mesmos vão sendo usados consoante o interesse do discurso de quem pretendem alcançar. E alcançam porque vivemos numa sociedade maioritariamente acéfala (não me levem a mal, o termo é forte, mas pretende acordar-vos e não que se sintam ofendidos), a quem não foi NUNCA ensinado o poder crítico, a possibilidade inequívoca de questionar, e questionar TUDO, e perante isso e como diz Bourdieu "não há democracia efetiva sem um verdadeiro crítico", que quer dizer, sem uma capacidade crítica sobre todos os aspetos da vida, não comendo apenas por que está no prato. Mas se acham que Pierre Bourdieu é uma modernice, Einstein já dizia que "o importante é questionar" e questionar, como disse, sempre.

Não sou eu quem o diz, mas subscrevo. Foi Friederich Perls, um judeu alemão, que disse que Einstein um dia disse que duas coisas não tinham limite, o universo e a estupidez humana, sendo que sobre a primeira Eisntein ainda não tinha a certeza. Por outras palavras, o ser humano é tão estupido que desperdiça, esbanja, energias e recursos de todo o tipo na busca da sua destruição mais que na pesquisa de elementos que sirvam para curar doenças ou melhorar as condições de vida das pessoas.

Uma professora algures na minha formação escolar mostrou uma vez uma tabela sobre os gastos havidos com a 2ª Guerra Mundial, e aquilo que com esse valor se poderia ter feito para o bem-estar do mundo, gente eu disse do MUNDO, não do um qualquer vilarejo.

Então, poderia ter sido dado, uma casa a cada família, um carro a cada família, construir hospitais e escolas que servissem a todos, entre outras coisas que fazia parte da tal tabela, imagine-se por isso o que daria para fazer com o que se tem investido desde 1945 com o nuclear?

Tenho ideia, já não recordo bem, que é no próprio filme que Einstein, interpretado por Tom Conti, diz a célebre frase "Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus", e penso que está mais que certo, durante o período da guerra fria (que na verdade penso nunca terminou), dizia-se que o poder nuclear da então URSS e dos EUA davam para destruir a vida na terra, imagine-se hoje com o nuclear em nações como China, Coreia do Norte, Turquia, Irão e mais, juntos com a atual Rússia e os EUA, assim feito desenho animado mais que destruir a vida na terra, destroem o planeta, não!?

Oppenheimer até podia estar revestido de boas intenções, o desejo de uma energia nova e quase interminável, mas já diz quem sabe, que de boas intenções está o inferno cheio, e que a vaidade em ser o primeiro, a "gula" em fazer mais que os outros e, a preguiça de se conter por saber que tal invenção podia ser usada com fins destrutivos, foram os pecados capitais de Oppenheimer, uma pecado que TODOS nós cidadãos do mundo deixamos acontecer, temos vindo a encobrir desde então, e declaramo-nos surpresos quando nos dizem que o fim está mais perto do que se pensa.

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Texto de João Pacheco Paulo

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