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SPACE: “Os psicadélicos vão ser uma coisa boa, mas não serão para toda a gente”

LSD, cogumelos mágicos, DMT, ayahuasca, ketamina ou MDMA, são alguns dos nomes que se podem…

Texto de Patrícia Nogueira

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LSD, cogumelos mágicos, DMT, ayahuasca, ketamina ou MDMA, são alguns dos nomes que se podem cruzar com o estudo para o tratamento de doenças do foro mental. Muitos deles surgem da natureza, outros são estudados em laboratório, mas a sua história é longa, principalmente se recuarmos há milhares de anos, a cerimónias místicas e religiosas. Nos anos 1950 e 1960, começaram a ser estudadas nos EUA, mas depressa foram proibidas – por questões culturais e políticas – e a sua proibição repercutiu em todo o mundo.

A SPACE – Sociedade Portuguesa de Aplicação Clínica de Enteógenos nasceu em maio de 2021, pela vontade de um grupo de médicos de psiquiatria em estudar, difundir e fomentar o conhecimento acerca das propriedades e potenciais utilizações terapêuticas destas substâncias, sejam elas naturais, sintéticas ou semissintéticas.

Explicam, debatem e questionam com palavras descomplicadas, através do Instagram, aquele que ainda é um tema desconhecido. Criaram o curso Saúde mental e psicadélicos: curso introdutório, acreditado pela Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM) e propõem uma série de webinars a todos os interessados nos estudos de psicadélicos, como o que se realizará no dia 24 de março, pelas 21 horas: Terapia Assistida por Quetamina.

O Gerador esteve à conversa com a Inês Figueiredo e a Mafalda Corvacho, membros co-fundadoras da SPACE, para falar sobre o seu papel na desmistificação de um nicho, como estão a ser utilizados os psicadélicos em Portugal, e no resto do mundo, numa viagem pela história dos psicadélicos, sempre com os olhos postos na utilização destas substâncias no presente e no futuro.

Gerador (G.) – Porque é que decidiram criar a SPACE – Sociedade Portuguesa de Aplicação Clínica de Enteógenos?

Mafalda Corvacho (M. C.) – A SPACE é uma associação sem fins lucrativos predominantemente científica, criada por um grupo de seis médicos internos de psiquiatria. Basicamente trabalhávamos em hospitais diferentes e juntávamo-nos em alguns eventos e congressos, e acabámos por perceber que partilhávamos o mesmo interesse pela área dos psicadélicos e saúde mental. Tivemos assim a iniciativa de fundar a associação que tem como principais objetivos promover o estudo científico em psicadélicos e saúde mental, promover a literacia esta área, não só na população em geral, mas também na comunidade médica. Nascemos há quase um ano e começámos, essencialmente, pelas redes sociais, porque achámos que seria uma maneira eficaz e simples de começar a chegar mais à população em geral. Já tivemos mais algumas iniciativas, nomeadamente, um curso de formação que, entretanto, foi certificado pela Sociedade Portuguesa de Psiquiatria, e temos vindo a desenvolver algumas iniciativas nesse contexto.

G. – A investigação sobre psicadélicas e o seu uso não é de agora, no entanto nas décadas de 60 e 70 começaram a ser mal vistos. Porque é que isto foi muito falado na altura, depois deixou-se de usar e agora há uma espécie de renascimento?

Inês Figueiredo (I. F.) – A década de 50 foi quando algumas das principais moléculas, com maior uso terapêutico, foram descobertas. O LSD foi descoberto na década de 40, assim como a Psilocibina, ou seja, o composto dos chamados “cogumelos mágicos”. Estes cogumelos foram trazidos, ela foi identificada, isolada e depois também sintetizada em laboratório na década de 50, e, portanto, aí acabou por ser a maior descoberta para o mundo ocidental. Depois o que aconteceu foi que existiram vários movimentos nos Estados Unidos, de ordem social e política que contribuíram para que várias substâncias, nas quais se incluíam os psicadélicos e não só, fossem classificadas como substâncias muito perigosas, sem qualquer utilização terapêutica, com elevado risco para serem aditivas. Isto pode ser lido de várias maneiras, mas na altura foi o governo de Richard Nixon e havia uma situação particular na América, com a Guerra do Vietname, e com vários movimentos que conduziram, em parte, a que estas substâncias fossem tornadas ilegais. As pessoas diziam “drop the acids not bombs”, existia este movimento todo e não convinha, não era positivo, pelo menos do ponto de vista do governo. Mas claro, não podemos só culpar escolhas políticas e determinadas correntes e governos, porque é certo que houve um hype em torno dos psicadélicos e houve essas pessoas que trabalhavam na área, como investigadores, que se tornaram muito famosos, eram pessoas muito interessantes e carismáticas, como o Timothy Leary, padrinho da Winona Ryder. Ele era um investigador em Harvard e estava a ter resultados bastante interessantes, mas não nos podemos esquecer que são estados alterados de consciências que levam a ideias e sentimentos muito fortes, por um lado de união e transcendência, por outro, podem parecer que carregam verdades absolutas, coisas que não são totalmente ordinárias e que podem acarretar coisas boas, mas também bastantes riscos. Por exemplo, o Leary ficou bastante entusiasmado com todos os progressos, mas acabou por dar um passo demasiado grande, não muito ético para um professor e investigador, que foi começar a consumir substâncias junto de outras pessoas. Eles tinham um acordo em Harvard em que apenas estudantes pós-graduados podiam participar nestas investigações, e ele começou a dar a estudantes mais novos, há relatos de pessoas em primeira mão em que faziam festas com psicadélicos. Tudo isto, aliado ao facto de estas pessoas estarem a ficar famosas, levou a uma necessidade de um maior controlo político, e o certo é que houve mesmo uma tentativa de tentar abafar este movimento. Por exemplo, na altura, começaram a sair relatos falsos nos media, de que LSD fazia as pessoas olharem para o sol e ficarem cegas, coisas escabrosas. Foi numa altura cultural e política muito particular e eles acabaram por ser levados nesta onda, onde foram vistos como uma arma de movimento contracultura que tinha de ser abafado. Tudo isto levou a que a própria investigação fosse proibida. Ao serem categorizados como substância de “Schedule 1”, tira-lhes o hipotético valor terapêutico, ou ao nível de investigação. Houve uma altura em que foram feitos vários congressos e publicados vários artigos porque a área da psiquiatria estava fervorosa com as propriedades dos psicadélicos. Por isso é que se fala numa renascença, no sentido em que é quase um olhar para o futuro, mas também um olhar para o passado, porque já estiveram onde estamos agora, com várias diferenças, porque agora a investigação é feita de uma forma muito mais rigorosa, têm de haver cuidados redobrados, para garantir que não existem críticas, é uma área sujeita a muito escrutínio.

G. – Quando falas em psicadélicos e alucinogénios, são a mesma coisa?

I. F. – Alucinogénios é o nome foi dado inicialmente, e tem sido usado até há pouco tempo. Eles inicialmente foram estudados porque, realmente, não são verdadeiras alucinações, mas alterações ao nível da perceção, acaba por ser uma coisa exuberante, que foge aos efeitos subjetivos de muitas substâncias, mesmo substâncias de consumo recreativo podem não ter este componente mais a nível de imagens visuais que os psicadélicos têm, então atribuíram esse nome. Foi atribuído também porque sempre existiu uma corrente na psiquiatria, no fundo, um caminho um pouco inverso, em que achavam que ao perceber melhor estas substâncias, podia levar a que compreendesse melhor o fenómeno da psicose no geral. Mas depois começaram a perceber que os efeitos não eram assim tão semelhantes aos efeitos da psicose clássica, e perceberam que podia ter algum interesse em termos terapêuticos e foi aí que começaram a olhar de uma forma diferente. Então, houve um psiquiatra, Humphry Osmond, que em correspondência com o escritor Aldous Huxley, muito interessado nesta área dos psicadélicos, que sugeriu o nome psicadélico, que no fundo significa: mente a manifestar-se – naquela ideia de é quase como se abrissem uma válvula que costuma estar mais fechada e, de repente, a perceção fosse alargada e a mente se pudesse manifestar.

O termo alucinogénio não é assim tão correto, porque nem sempre causam verdadeiras alucinações, e isto é só uma das várias manifestações destas substâncias. Só causam estas alterações da perceção em determinadas doses, e não são verdadeiras alucinações. É raro alguém consumir um psicadélico e ver um elefante à frente dela, não é isto que tipicamente acontece, pode acontecer mais começar a ver as coisas com maior nitidez, ou perceber coisas mais pequeninas, ou a mexer de forma diferente, coisas mais subtis do que alucinações. Voltou a recuperar-se os termos psicadélicos porque faz mais jus às substâncias.

G. – E que psicadélicos são esses?

I. F. – Psicadélicos inclui um grupo um bocadinho lato. Há os chamados psicadélicos clássicos, que são definidos por atuarem todos no mesmo recetor cerebral e serem mais ou menos parecidos em termos de efeitos de risco, e efeitos adversos, apesar de terem algumas diferenças, nomeadamente o tempo de ação dos efeitos. A psilocibina (“cogumelos mágicos”) o LSD, que, na verdade, vem da Ergotamina que é retirada de um fungo. A mescalina e o DMT que é um composto da Ayahuasca, pode ser fumado, ou produzido com outras plantas e substâncias, e esses quatro são os psicadélicos clássicos. Atuam maioritariamente a nível do recetor que está expresso mais no córtex cerebral, particularmente em níveis mais elevados do córtex cerebral associativo (o receptor é o receptor serotonina 5-HT2A). Depois há substâncias como o MDMA que tem sido muito estudado para a perturbação de stress pós-traumático, ou a ketamina, que podem ser colocados neste grupo porque também provocam um estado alterado de consciência que pode ter algumas propriedades psicadélicas, mas isto é tornar este grupo com uns limites mais amplos, porque são substâncias diferentes. A ketamina é um anestésico dissociativo, e o MDMA é uma substância mais parecida com substâncias mais estimulantes, como as anfetaminas. Mas quando se fala de psicadélicos também se têm incluído estas substâncias porque têm mostrado efeitos terapêuticos muito positivos. E acabam por estar nesta revolução, porque esta revolução não é só feita dos psicadélicos clássicos, é, no fundo, uma nova forma de tratamento, um tratamento um pouco diferente, e com substâncias que a maior parte das pessoa associa a substâncias de consumo recreativo, e por isso é que estão todas associadas.

G. – Atualmente, essas substâncias são utilizadas em Portugal?

M. C. – Só há um hospital público em Portugal que está a trabalhar com ketamina, em Loures, e há dois centros privados. O único psicadélico que está a ser usado é a ketamina, pelo contexto legal porque já era um fármaco aprovado há muito tempo como anestésico, e foi aprovado para o tratamento da depressão resistente, mas os outros só estão a ser usados ainda em investigação clínica, em Portugal, depois há exceções em sítios específicos.

G. – E qual é a situação relativamente ao uso destas substâncias para fins terapêuticos no resto do mundo?

I. F. – Na Europa, em contexto clínico, a Suíça é o único país que tem um enquadramento legal diferente que lhes permite usar substâncias não aprovadas para tratamento clínico. Todos os outros só estão a ser aplicados em doentes em contexto de investigação e ensaios clínicos.

Na Suíça, quando um médico percebe que uma pessoa tem os critérios para este tratamento faz um pedido oficial e este é quase sempre aceite. É um modelo chamado "compassionate use". E isto pode ter a ver com questões culturais, foi na Suíça que se descobriu o LSD, há mesmo um investigador que produz estas substâncias em laboratório para investigação e que também pode enviar para os médicos usarem na clínica. A Alemanha acredita que vai ser possível fazer isso no país em breve, porque eles também têm feito investigação com isso e a mesma opinião da maior parte dos investigadores. Muita gente acha que dentro de 5 anos será uma realidade, mas será um tratamento e, por um lado é bom que se tenha de fazer este trabalho de não ser permitido para ser regulado e passar pelos passos todos, porque às vezes quando não acontece, é mais difícil de regular certas coisas e criam-se área um pouco cinzentas, em que se começam a usar substâncias que não estão completamente proibidas, mas por pessoas que não têm a formação completa e nos cenários que não são os mais indicados, como está a acontecer nos Estados Unidos, onde a quetamina é oferecida como uma viagem ou para a melhoria de performance. Há pouco tempo saiu um artigo no New York Times em que basicamente são clínicas de quetamina não tem fins terapêuticos, é gerido por alguém que não é da área, não tem nenhuma formação enquanto técnicos de saúde mental. Acho que não é uma coisa boa para ninguém, estamos a falar de tratamentos que de repente parece que perdemos os limites do que é um tratamento. Estas coisas podem correr mal, e todos têm o direito de ter curiosidade sobre estas coisas, mas uma coisa é chamar tratamentos, porque há muitas clínicas que nem têm consultadoria por um médico psiquiatra. Talvez tenhamos de olhar para esses países para antecipar um pouco uma realidade que pode vir a ser a nossa.

G. – Cada vez falamos mais de saúde mental, inclusive a geração Millennials é muitas vezes apelidada de “geração burnout”… Este renascimento está a acontecer em paralelo com aquilo que estamos a precisar?

M. C. – Em parte, um dos principais motivos que fez com que a investigação com psicadélicos renascesse e que as pessoas se dedicassem muito a isto é o facto de uma grande parte das pessoas com quadros depressivos não responderem à terapêutica. E obviamente que, hoje em dia, a saúde mental é muito mais falada, há muito menos estigma e as pessoas vão partilhando muito mais as suas experiências, ainda que haja uma mudança um pouco do estigma de doença mental para perturbações como a depressão e ansiedade, e não tanto para outras doenças, mas temos percorrido esse caminho ao longo dos últimos anos. Mas esta luta, que em grande parte foi feita pelo Rick Doblin, pelo reaparecimento e reinvestigação dos psicadélicos, não tem só que ver com isso, porque se pensava que os psicadélicos tinham um potencial terapêutico, que não tinha sido dado o devido espaço para a investigação, e também por se sentir que as terapêuticas que temos atuais não são suficientemente satisfatórias para todos os doentes. Mais ou menos um terço das pessoas com perturbações depressivas não respondem à terapêutica e as que respondem demoram várias semanas a ter benefícios sintomáticos com os antidepressivos que temos atualmente. Esta investigação com os psicadélicos surge não no sentido de acharmos que isto de repente vai ser uma pilula mágica e vai tratar tudo milagrosamente, mas vamos tentar perceber que há pessoas que vão beneficiar mais com estas práticas do que outras.

I. F. – Acho que, sem dúvida, a depressão está a aumentar e aumentou nos últimos anos, mas, se calhar, tem de nos levar a pensar que há fatores ambientais que globalmente afetam a população de uma forma mais ou menos distribuída que justificam este aumento. Conseguimos perceber que há uma série de fatores que têm vindo a contribuir para isto, e na nossa geração percebemos que é uma geração diferenciada, se não a mais diferenciada de sempre, e simultaneamente aquela em que as pessoas vivem em casa dos pais até mais tarde, tem menos poder económico e menos capacidade para se independentizar, e tudo isto são fatores de stress muito importantes, que levam a que as pessoas não vivam com tanta alegria. Claro que isto não explica tudo, porque há muita variação. Portugal é um pais com uma elevada prevalência de perturbações ansiosas e depressivas e não há verdadeiramente uma explicação para isto, acho que vários fatores de várias ordens acabam por levar a isto. Sabemos que em parte, e com a pandemia, é expectável que a prevalência das doenças mentais acabe por aumentar.

De facto, a saúde mental está mais no discurso público, no discurso da sociedade fala-se mais de saúde mental, mas eu acho que ainda está demasiado focado na saúde mental wellness, que não é a mesma coisa que falar de saúde e doença. E, quando se fala de doença mental, que não é só depressão, mas a depressão é uma grande parte, sim, os psicadélicos vão ser uma coisa boa, mas não serão para toda a gente. Provavelmente, quando começar a ser aplicada, e tivermos resultados a longo prazo, não será uma cura, gostava que fosse uma cura, mas as doenças mentais são altamente complexas e na sua maioria são cronicas. Neste discurso, mais do que só se falar sobre fazer yoga, comer desta forma, e dormir estas horas, também é preciso pensar nos fatores de ordem social e de ordem económica que impactam gravemente a vida das pessoas. Os psicadélicos são comercializados para este nicho de wellness ou vistos como a maior revolução na saúde mental, mas uma revolução na saúde mental nunca se fará só com base numa substância numa coisa exógena às pessoas, e seu contexto sociocultural. Para haver uma revolução em saúde mental tem de ser uma revolução a vários níveis. Temos de falar sempre no contexto em que a pessoa se insere.

É importante dizer que não se tem preconizado o tratamento exclusivo com a toma de psicadélicos como um fármaco isolado, é tudo enquadrado em psicoterapia. O que tem sido defendido é que as propriedades dos psicadélicos podem ser usadas para potenciar os efeitos da psicoterapia, e vice-versa. Isto é uma coisa muito interessante e particularmente para a nossa cultura, há culturas que estão mais interessadas em estados de transe, nós tentamos manter um estado de consciência o mais funcional possível, porque não é algo que na nossa cultura se cultive.

G. –Também por isso, pode ser perigoso?

I. F. – Pode ser se for num contexto sem supervisão adequada. A pessoa pode perder a noção da realidade que envolve riscos e acaba por ser perigoso, mas mesmo assim, comparando com outras substâncias licitas, como o álcool, é muito menos perigoso, e não leva as pessoas tipicamente a ficarem agressivas, como pode acontecer com outras substâncias. Em ambiente clínico e de investigação não acontece, até reações de ansiedade intensas são raras no contexto clínico. No contexto clínico, a pessoa é acompanhada no processo, conhece quem a vai ajudar antes, confia, são técnicos de saúde mental, e, portanto, está altamente protegida e supervisionada. Outra coisa é um grupo de amigos ir para um festival e tomar uma dose de LSD em doses que não sabem, não sabem também se é LSD ou tem mais coisas misturadas, não sabem que efeitos vão ter, não têm informação. Ali há toda uma preparação.

G. – Têm pouco mais de um ano, mas ainda não pararam, o que podemos esperar da SPACE no futuro?

I. F. – Aparecemos no ano passado e imediatamente tivemos um feedback muito positivo de várias áreas, já somos mais de 100 membros associados, o que é ótimo para uma associação científica sem fins lucrativos de uma área tão específica. Isto cruza-se com várias áreas desde a História, Antropologia, Psiquiatria no geral, políticas de saúde, é impossível falar dos psicadélicos de forma isolada. Temos feito cursos, webinars, e temos alguns projetos como lançar um manual científico sobre esta área.

M. C. – Pretendemos promover o estudo dos psicadélicos em contexto clínico e estados alternados de consciência que possam ter interesse (como a respiração), o que é completamente diferente de todas as outras associações já existentes. Vamos, sem dúvida, fazer mais webinars e seremos sempre este veículo de informação e de congregar as pessoas interessadas nesta área.

Texto de Patrícia Nogueira
Imagem disponível via Unsplash

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