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O Festival Iminente vai afirmar-se como plataforma de criação este ano

Nos dias 12 e 13 de outubro, o Jardim do Museu de Lisboa vai receber a mais recente edição do Festival Iminente. Este ano, o evento convida à participação ativa do público e consolida-se como laboratório de experimentação para as múltiplas formas de expressão artística da cultura urbana. “É algo que queremos manter e ter como núcleo a partir de agora”, reforça Margarida Mata, da equipa curatorial. Em entrevista ao Gerador, a curadora fala sobre alguns projetos, processos criativos e o conceito escolhido para o Iminente Takeover 2024.

Texto de Débora Cruz

Festival Iminente, 2023. Fotografia cedida pela equipa Iminente.

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Depois de ter passado pelo MuCEM (Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo), em Marselha, e de se ter apropriado do Terreiro do Paço, em 2023, o Iminente Takeover 2024 volta a ocupar um espaço institucional. É o Jardim do Museu de Lisboa que vai receber a edição deste ano, que decorre num formato mais pequeno e intimista.

Influenciado pelo projeto Bairros, que adota uma metodologia de curadoria participativa, o conceito deste ano centra-se em torno da participação ativa dos públicos. Um dos objetivos, diz Margarida Mata, da equipa curatorial, é esbater as fronteiras existentes entre artistas e espectadores. “Aquilo que procuramos é realmente o envolvimento dos públicos e que as obras de arte sejam interativas.”

Através do reforço dos projetos de criação própria, o festival procura também afirmar-se como uma plataforma de criação. “Este é um aspeto novo, ou pelo menos mais consolidado, que apresentamos este ano: os projetos próprios têm uma presença muito grande no programa, com obras que não podes ver noutro sítio”, explica a curadora.

Nas artes visuais, artistas como os franceses Maotik e Sara Sadik, a australiana Lauren Moffatt e os portugueses Unidigrazz vão apresentar obras que convidam à interação a partir de inputs dos públicos, investigadores e jornalistas. Por sua vez, o programa Residências junta artistas de diferentes disciplinas, como a música, artes performativas e as artes visuais, para que desenvolvam criações em conjunto. Batida, Carlota Lagido, Shahd Wadi, Carin Geada, Lila Fadista, Piny, Vês Três, Xullaji, Gaya de Medeiros e ±MaisMenos± são os artistas que vão apresentar as suas instalações este ano.

A 4.ª edição do programa Bairros: Workshops Artísticos Comunitários também vai marcar presença. Desde a gastronomia e colagem tridimensional à música, dança e artes visuais, os projetos desenvolvidos por artistas e comunidades de cinco territórios da cidade de Lisboa, ao longo de quatro meses, vão culminar no Iminente.

Apesar de ter uma dimensão mais reduzida este ano, com o objetivo de dar mais destaque a outras formas de expressão artística, a oferta musical continua a marcar uma forte presença no evento. Há atuações de DJs como Afrokillerz, Yung Singh, Shaka Lion ou Marfox, e nomes como George Silver, Puçanga, Kenny Caetano, Violeta Azevedo, Hetta, Polido e EVAWAVE. Mas o festival não esquece alguns dos clássicos precursores do rap nacional como Sam the Kid, em versão DJ acompanhado por DJ Big, ou os portuenses Dealema, mas também Tristany e Silly.

Decorridos quase dez anos desde a criação do festival, Margarida Mata garante que o Iminente continua a ser um espaço seguro para que as diferentes “tribos” da cultura urbana se cruzem, se conheçam e criem em conjunto. Em entrevista ao Gerador, por videochamada, a curadora fala ainda sobre os processos criativos que deram origem a alguns dos projetos e a relação criada entre e com os artistas que foram pisando os palcos do festival ao longo dos anos.

Festival Iminente 2023, no Terreiro do Paço. Fotografia cedida pela equipa Iminente.

Take Part é o conceito geral desta edição, que convida à participação ativa do público. Como é que este conceito se vai materializar na programação e nas atividades oferecidas aos visitantes?

Já vamos na 4.ª edição do projeto Bairros: é um projeto em que trabalhamos durante quatro meses com cinco bairros de habitação social na cidade de Lisboa e, nesse projeto, desenvolveu-se um método de curadoria participativa. A equipa curatorial traz uma série de propostas e depois são as próprias equipas e os líderes comunitários a escolher quem são os artistas que vão integrar o projeto e o que é que eles vão fazer.

No ano passado, um desses projetos acabou por não acontecer e tivemos a oportunidade de escrever e argumentar muito sobre este método participativo e pudemos perspetivar muito o futuro: o que é que poderíamos continuar a trabalhar nesta lógica da participação. Então, há cerca de um ano, começámos a pensar em dois projetos que podem ser vistos no Iminente: o programa de Artes Visuais, que é sobretudo digital, constituído por projetos que foram comissariados para o Iminente e que seguem o modo de trabalharem ou com recolha de dados através de projetos de investigação já existentes, ou através de entrevistas; e o projeto Residências, que são três instalações performance que foram feitas através de uma metodologia altamente colaborativa entre diversos artistas.

Posteriormente, quando pensámos o programa de música, pensámos que ele deveria ter um grande espaço dedicado à dança, que se reflete na forma como os palcos acabam por ser colocados. Temos dois palcos frente a frente que tocam de forma desfasada: o público vira-se para um lado e vira-se para o outro. Há uma série de pormenores no festival que apelam a essa participação: há esta ideia de que o público não está só a assistir, também está a participar na feitura do festival.

Um dos objetivos dessa participação ativa é esbater as fronteiras entre espectadores e artistas? O público torna-se coautor das obras?

Sim, e isto tem muito que ver com o facto de este ano o Iminente ter projetos que são muito próprios, ou seja, que foram criados para aqui e que não podem ser vistos noutro sítio. Aquilo que nós pensámos sempre — também porque os projetos eram participativos — era que isso tinha de se mostrar de alguma forma, que tinha de se plasmar também na programação. 

Aquilo que procuramos é realmente o envolvimento dos públicos, e que as obras de arte também sejam interativas, que haja este lugar para a dança. Esta ideia de movimento, ainda que em alguns aspetos possa ser subtil, acabou por contaminar a forma como fizemos a programação.

Este ano o Iminente quer afirmar-se como uma plataforma de criação?

Sim, sem dúvida. É uma coisa que acontece porque já estava a acontecer, ou seja, temos este projeto dos Bairros, com uma série de criações feitas em workshop e que aparecem no festival, mas no ano passado também tivemos uma oportunidade de fazer uma espécie de teste: o Liberdade Iminente, que também já era um projeto de criação. 

O projeto foi feito e acompanhado pela equipa curatorial — é importante dizer isto — porque uma coisa é fazer uma encomenda a um artista para que apresente uma obra no festival, mas a equipa curatorial e a equipa artística esteve dentro dos processos: isto é também uma novidade. Este é um aspeto novo, ou pelo menos mais consolidado, que apresentamos este ano: os projetos próprios têm uma presença muito grande no programa, com obras que não podes ver noutro sítio e que são “Iminentes”.

Como é que foi essa experiência nova de ter curadores a acompanhar de forma muito próxima os projetos? Facilita o vosso trabalho?

Sim, acho que é um desafio para nós, até mesmo enquanto exercício curatorial e de programação. No programa de Residências decidimos juntar artistas de diferentes áreas para criarem em conjunto, e estávamos completamente às escuras, porque não sabíamos o que é que ia sair: isto é um exercício que, para nós, é muito importante. O Iminente também funciona como um laboratório, porque desenvolvemos práticas curatoriais novas que acabam por contaminar os outros projetos, como a Underdogs e o Vhils Studio, portanto, acreditamos nesta contaminação geral. 

Foi muito interessante, está a ser muito desafiante, mas também muito compensador. Por exemplo, nos projetos de Residência dos três grupos, de repente começámos a ver que os artistas têm preocupações semelhantes, porque são o reflexo dos tempos. Isso também nos dá uma maior perspetiva daquilo que é a produção artística hoje e quais são as preocupações dos artistas. 

Essa lógica de plataforma de criação e de laboratório de experimentação é algo que o Iminente quer aprofundar em edições futuras?

É algo que queremos continuar e gostávamos que viesse a ser o núcleo do Iminente. É óbvio que vai sempre haver um programa de música em que os concertos são concertos em circulação, mas poder ter este aspeto de incentivo a uma nova criação e de ver o Iminente como espaço de laboratório é uma coisa que queremos manter e ter como núcleo a partir de agora.

No âmbito das artes visuais vão ser apresentadas quatro instalações inéditas, criadas a partir de dados recolhidos junto do público. Como é que foram recolhidos estes dados? De que forma influenciaram o desenvolvimento das obras de arte?

Às vezes, dás os motes curatoriais aos artistas e, de repente, eles transformam noutra coisa. Isto também é a magia de acompanhar um processo criativo. Eles abordaram este mote que lhes demos de formas muito diferentes.

Por exemplo, o MAOTIK, que geralmente trabalha com dados recolhidos na Internet, acabou por subverter um bocadinho o mote e está a trabalhar sobretudo sobre o meio e sobre a natureza, enquanto que a Lauren Moffatt traz um projeto que ela já tinha, Local Binaries, que procura materializar as paisagens interiores das mulheres. Ela vai fazer uma série de entrevistas a mulheres em Portugal, na semana anterior ao festival, e depois essas visualizações vão ser apresentadas num site que vai ser criado. Em novembro, ela ai regressar a Portugal para voltar a apresentar esses resultados. 

Já a Sara Sadik, que é uma artista de Marselha, trabalhou através de peças jornalísticas portuguesas que problematizam a questão dos circuitos de CCTV, que estão a ser alargados, e como eles não são iguais em todos os sítios. Por exemplo, a videovigilância através de drones é muito mais intensa em bairros sociais do que, por exemplo, na Baixa ou no Cais de Sodré. Por fim, os Unidigrazz, que são os únicos portugueses, acabaram por trabalhar muito sobre os sistemas de arte e sobre a valorização da obra de arte, e trabalharam com um grupo de pessoas do seu bairro, em Mem Martins.

Quando falaste das residências referiste que é curiosa a forma como muitos dos artistas têm as mesmas preocupações, apesar de pertencerem a áreas artísticas distintas. As diferenças entre artistas nunca são uma barreira difícil de ultrapassar? 

Acho que não. Isto é um processo de escuta, não é? Também já sabíamos que o ±MaisMenos± e o Xullaji queriam trabalhar juntos. A Gaya de Medeiros entra aqui para os retirar das suas áreas de conforto e também porque queríamos muito trabalhar com ela. 

Nós fazemos grupos um bocadinho intencionais. Há sempre artistas dentro destes grupos — ou, pelo menos, foi uma coisa que fizemos este ano — que são artistas com quem temos uma relação já longa: a Piny, o Xullaji, o ±MaisMenos±, o Batida, mas também queríamos trazer outros com quem nunca trabalhámos. O grande problema são as agendas, não são as diferenças.

O festival vai criando a sua própria comunidade ou seus próprios nichos artísticos? 

Sim, e é muito interessante. Podemos acompanhar a carreira dos artistas em fases diferentes e, às vezes, é muito intencional voltar a trazer aquele artista, mesmo que o público não perceba. Mas trazemos novamente, porque ele está a trabalhar uma coisa nova e também queremos mostrar isso. Uma das coisas interessantes é que estes artistas, alguns que estão mais próximos, também contribuem bastante para o programa, como por exemplo o Shaka Lion, que é uma das pessoas que mais músicas nos manda ao longo do ano. O Tristany e o Batida também já tiveram essa função.

Este ano temos um festival mais pequenino, portanto, eles não estiveram tão envolvidos, mas muitas vezes estes artistas são também os instigadores da programação, portanto, criam-se relações muito próximas.

Reunir todos estes artistas de áreas muito diversas é uma tarefa desafiadora ou, dada a natureza do Iminente, é algo que flui de forma natural?

Flui de forma mais ou menos natural. Acho que é muito reflexo do que tem vindo a ser feito: por exemplo, a música tem uma expressão um bocadinho mais reduzida do que aquela que tinha anteriormente. Nós trabalhamos para haver um nivelamento entre diferentes formas de expressão e é um trabalho que tem vindo a ser feito nos últimos anos. Do ponto de vista da programação, é talvez o mais desafiante e também o mais recompensador podermos ter esta multiplicidade de expressões.

São 16 os artistas musicais que vão subir aos palcos Museu e Estufa do Jardim do Museu de Lisboa. Apesar dos diferentes estilos e géneros musicais, que características procuram nos artistas que trazem ao festival?

Tentamos trazer toda a gente e fazer com que as diversas expressões de cultura urbana possam estar no Iminente. Este ano pensámos num formato mais reduzido, pensámos nesta lógica dos dois palcos e pensámos muito na questão da diversidade de estilos de música. É óbvio que há aqui sempre uma prevalência do hip-hop, do rap, mas também podemos ter outras coisas mais experimentais, com vários artistas emergentes.

Mais uma vez, este é um Iminente bastante mais pequenino do que costuma ser, mas oferecemos slots de música — e esta também é uma característica que tem muito que ver com a questão da participação e de queremos ter uma programação que seja caleidoscópica — para programação de outras pessoas que não fazem parte da nossa equipa de programação. A Chelas é o Sítio já tinha programado no ano passado e este ano tem mais 4 horas de programação, assim como também convidámos o Marfox a programar uma slot de 2 horas.

Por que razões optaram por um formato mais pequeno este ano?

A opção pelo espaço e pelo formato começa no conceito. Quando falas sobre estas questões de programação e participação estás a falar sobre proximidade, e uma das coisas que queríamos fazer este ano era ter um Iminente que fosse mais intimista.

É também por causa disso que escolheram o Jardim do Museu de Lisboa?

Houve duas questões que motivaram a escolha do local: a procura de um espaço pequeno e a simbologia associada ao Museu de Lisboa, nomeadamente por ser um espaço institucional. 

Já levámos as periferias para espaços não convencionais, trabalhamos expressões de cultura urbana que, muitas vezes, são subvalorizadas nos meios institucionais, já fizemos o festival no Terreiro do Paço e em Marselha, e agora sentíamos que queríamos voltar a estar num museu neste formato takeover, ou seja, “ocupar” um espaço institucional. E o Museu de Lisboa, que tem feito um trabalho extraordinário de revisitação e de reinterpretação da história da cidade, e abriu-nos as portas e tem estado a ser um trabalho de uma grande cumplicidade com o museu.

Tiago Silva, antigo diretor e um dos fundadores do festival, afirmou, em 2019, que: “O Iminente afirma-se acima de tudo como um palco onde estas várias tribos urbanas podem congregar e interagir, estabelecendo uma espécie de comunhão dialogante entre si e os vários públicos.” A afirmação continua a ter a mesma validade ao fim destes anos?

Sim, sem dúvida nenhuma. Há uma ideia muito intencional de poder cruzar essas tribos. Posso dizer-te que, por exemplo, sempre que tivemos os ballrooms da Piny, havia muito a preocupação de: ‘Vocês vão fazer isto aqui no Iminente com estes gajos do drill’. Mas nunca houve uma única questão e, portanto, o Iminente é visto, mesmo nestas tribos que teoricamente não se cruzam, — não sabemos, mas há muita esta ideia de que não se cruzam  — poderem ter este espaço seguro no Iminente para se cruzarem e se conhecerem uns aos outros. Isto é uma coisa que procuramos que aconteça.

Podes consultar a programação completa, ao clicar, aqui.

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