Amanhã, dia 19 de março, jovens de todo o país saem à rua para reivindicar justiça climática, em resposta ao apelo internacional do movimento #FridaysForFuture. Há ações físicas e online a acontecer um pouco por todo o país.
"Sabemos que líderes mundiais e instituições assistem ao deflagrar das chamas que estão a consumir a nossa casa. E, por isso, voltamos à ação e declaramos que é #TempodeLutar. De acordo com o Painel Intergovernamental de Alterações Climáticas, estamos a menos de sete anos de atingir a irreversibilidade face ao problema da crise climática. Para enfrentar este problema precisamos de planos estruturais que revolucionem setores da sociedade, construídos pelo movimento social, por todas e para todas as pessoas", pode ler-se no comunicado avançado pelo coletivo estudantil.
De norte ao sul do país, estão agendadas várias ações presenciais, mas organização garante que, devido ao contexto de pandemia, todas as normas de segurança serão devidamente asseguradas. Haverá ações no Algarve (às 16h30, no Mercado Municipal de Faro), em Lisboa (às 16h30, na Praça José Fontana, e às 17h30, no Martim Moniz), em Aveiro (às 17h, no parque do Fonte Nova e do Jardim do Rossio), no Montijo (às 18h, na câmara municipal), e em Mafra (às 17h, no Palácio de Mafra).
Outras localidades contam com eventos online, entre as quais, Alcácer do Sal, Caldas da Rainha, Coimbra, Bragança, Entroncamento, Évora, Guimarães, Lamego, Odemira, Pico, Porto, Setúbal e Viseu.
O programa de cada núcleo pode ser consultado na página online Greve Climática Estudantil, que apela à mobilização de estudantes e jovens, organizações não governamentais, coletivos, associações, sindicatos e sociedade civil, no geral, porque "esta é a luta do presente", afirmam.
"Em contra-relógio, erguemo-nos para exigir uma transição para uma sociedade ecológica e socialmente justa, pois sabemos algo com toda a certeza: a crise climática vai exacerbar todas as crises que vivemos caso não seja travada a tempo. Está na hora da economia passar a estar ao serviço das pessoas", lê-se.
O cancelamento de todos os projetos que acarretem o aumento de emissões, como a construção do aeroporto do Montijo, a expansão do aeroporto da Portela e a expansão de portos (como o de Sines, Setúbal e Leixões); a revogação do Decreto-lei 109/94, que permite a exploração de combustíveis fósseis em Portugal; ou o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis são algumas das exigências deste coletivo, que revindica ainda o desmantelamento das empresas petrolíferas; a criação de uma empresa pública de energias renováveis, que lidere o processo de produção e distribuição de energias acessíveis e verdes; a expansão da ferrovia nacional e internacional, entre muitas outras iniciativas.
Todas reivindicações e motivos podem ser lidos no Manifesto da Greve de 19 de Março, disponível aqui.