De 22 a 26 de junho, Beja recebe o Festival MUPA, que regressa com mais dias de programação, novos palcos e nomes como Föllakzoid, África Negra, Cookie Jane e De Schurmaan.
Em 2019, durante dois dias, Beja viu, no seu centro histórico, cruzarem-se gerações, géneros musicais e artistas, numa procura por transgredir barreiras e costumes, com concertos e DJ sets que pretendiam invocar a memória coletiva presente nos vários espaços da cidade. A primeira edição esgotou e, ainda que o segundo ano fosse adiado, o terceiro voltou a descentralizar a cultura em Portugal. Com o mesmo objetivo, de trazer sons novos e aliciantes à cidade, a terceira edição, vai acontecer entre os dias 22 e 26 de junho. O MUPA - ou Música na Planície continua assim na sua missão principal: trazer uma seleção eclética de novos talentos da música a nível nacional e internacional, aliá-los a artistas que marcaram gerações, apresentá-los em espaços da cidade com vasta memória coletiva e rodear esta programação de atividades paralelas extra-festival de forma a envolver a comunidade.
Para a edição de 2022, o festival já avançou alguns nomes. São eles África Negra, a banda ícone de São Tomé e Príncipe que marcou os anos 80; o trio de krautrock do Chile, Föllakzoid; a "sauve" do drill tuga, Cookie Jane e ainda Ghoya (ou Bruno Furtado), rapper cabo-verdiano e co-fundador do grupo Mentis Afro. Numa vertente mais experimental, chegam a Beja nomes como Riccardo La Foresta, o artista sonoro de Modena (Itália) que desafia a percussão e a desconstrói como a conhecemos; a lisboeta Clothilde, uma música assumidamente conduzida por máquinas caseiras, texturas sonoras e pelo imprevisível; Gadutra, parte produtorx, parte DJ, que apresenta um imaginário mais dançável do recém-lançado disco "lagarta" (Troublemaker Records). Também se junta ao cartaz do MUPA a produtora e DJ Lapili, Jokkoo Collective, os DJ-sets de Baba Sy e MBODJ; Nyege Nyege (Uganda); De Schuurman, o produtor que se tornou a bandeira da eletrónica afrodescendente na Holanda. O igualmente visionário DJ Diaki - ou Diaki Kone - que teve um papel fundamental na cena eletrónica de Balani do Mali nas duas últimas décadas, também se junta ao rol de nomes do festival em formato dj-set.
Por fim, o MUPA anuncia dois nomes que não são estranhos à programação local da cidade: João Melgueira, um dos criadores da label de eletrónica Alienação, e Viegas, natural do Barreiro, parte do coletivo ARVI e criador na Rádio Quântica.
Os primeiros passes-gerais early-bird do MUPA já estão disponíveis por 15€, aqui, e a programação completa será revelada em breve.