"Após 11 edições do WOOL, podemos hoje pela Covilhã usufruir de um roteiro de arte que, com mais de 45 murais e instalações, se afirma como uma marca da cidade e da região e que recebe anualmente centenas de visitantes, não somente de todos os pontos do território nacional, mas também de geografias mais longínquas“, é dito pela organização, que quer agora alargar a experiência da arte urbana a e, em específico o Roteiro WOOL, a pessoas com deficiência intelectual, física (motora, auditiva e visual) ou outras necessidades específicas.
Com foco nas artes visuais e no espaço público, numa missão e ação de responsabilidade social, e de alargada sensibilização e transformação da comunidade e do território, o WOOL + | Arte Urbana mais acessível, assume-se como uma atualização dos objectivos iniciais do festival, que sempre ambicionou "ocupar" as ruas da Covilhã com arte, tornando-a acessível a todos.
Um "todos" que o festival quer que inclua os cerca de 8% da população portuguesa que vive com alguma deficiência, algum “impedimento de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interacções com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efectiva na sociedade com as demais pessoas, conforme referido na Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, proclamada pela Organização das Nações Unidas, em 2006.
É por isso também que o anúncio do WOOL + assinala o Dia Internacional dos Direitos Humanos e os 75 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos - um documento aprovado pela ONU, cujo artigo 27 afirma que “todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios.”
O WOOL +, projecto que conta com o apoio da República Portuguesa - Cultura / Direção Geral das Artes e com o Alto Patrocínio do Presidente da República Portuguesa, "desenha-se assim como um projecto que permite explorar todas as possibilidades e o potencial criativo e de enorme dinamismo da arte urbana, promovendo e apoiando o exercício de um direito também inscrito na Constituição da República Portuguesa, que confere a todos os cidadãos, sem excepção, o fundamental direito à cultura, ao acesso à fruição e criação cultural", menciona a organização.
Conforme avançado, o projecto "convoca várias disciplinas para um diálogo e vivência mais inclusiva, coesa e resiliente, do e no local, mas de exemplo global", estruturando-se em quatro fases que decorrem até abril do próximo ano. Conhece todas as atividades aqui.